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Promotor mexicano acusado de tortura e de encobrir feminicídio é solto

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Por Redação em 22/09/2023 às 21:35:22
Pela lei mexicana, os promotores de Justiça podem aguardar os processos criminais que respondem em liberdade. Jovem passa em frente a mural com nomes de vítimas de feminicídio no México erguido para o Dia Internacional da Mulher, em foto de 7 de março de 2021

Claudio Cruz/AFP

O promotor de Justiça mexicano Uriel Carmona, que é acusado de encobrir um feminicídio e de torturar um suposto criminoso, foi libertado nesta sexta-feira (22). Ele tem imunidade por ser promotor, segundo o tribunal responsável pelo caso.

Carmona havia sido detido em 4 de agosto. Ele é suspeito de obstruir a Justiça em um processo relacionado à morte de uma mulher de 27 anos que foi encontrada morta em 31 de outubro de 2022 em uma estrada do estado de Morelos.

Uma câmera de vigilância gravou uma imagem em um estacionamento da Cidade do México de um homem carregando a vítima, já sem vida.

Carmona afirma que, segundo a necropsia, a jovem, que residia na capital, morreu devido a uma "intoxicação alcoólica grave e subsequente broncoaspiração". No entanto, a pedido da família de Ariadna, o gabinete do promotor da capital realizou uma segunda autópsia, que apontou que a causa da morte foi "um trauma múltiplo classificado como mortal".

Carmona também é acusado de torturar Luis Alberto Ibarra, um suposto criminoso, para que ele se autoincriminasse em homicídios, conforme relatado pela imprensa mexicana.

Além da violência relacionada ao crime organizado que assola o México desde 2006, o país enfrenta uma onda de feminicídios. De janeiro a junho, 1.516 mulheres foram assassinadas, e 500 desses casos são investigados como feminicídio, de acordo com dados do governo.
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