Mostra comemora os 20 anos do Instituto Tomie Ohtake, trazendo novos olhares para a obra da artista plástica japonesa naturalizada brasileira A exposição "Tomie Ohtake Dançante" oferece, a partir deste sábado (28), uma programação educativa especial no Museu de Artes Visuais (MAV), em São Luís. A mostra comemora os 20 anos do Instituto Tomie Ohtake, trazendo novos olhares para a obra da artista plástica japonesa naturalizada brasileira.
Nas últimas semanas da exposição, que estará em cartaz até 12 de novembro, serão realizadas gratuitamente as oficinas "Pintar a dança da água" e "Coleção de cores com audiodescrição", com vagas limitadas.
Exposição 'Tomie Ohtake Dançante' oferece programação educativa gratuita.
Divulgação
Pintar a dança da água
"Pintar a dança da água" acontecerá nos dias 28 de outubro e 11 de novembro, das 9h às 11h, no auditório do MAV. Na oficina, os participantes irão experimentar práticas de pintura que terão a água como elemento desestabilizante.
No primeiro dia, ela será ministrada por Andressa Cabral, empreendedora cultural, mestranda em Artes Cênicas pela UFU, especialista em Acessibilidade Cultural pela UFRJ, técnica em produção cultural pelo IEMA e graduada em licenciatura em Teatro pela UFMA.
Faça a inscrição para o dia 28 de outubro
Já no segundo dia, a oficina será com Gabriela Campos, artista circense, arte educadora, produtora cultural atuante há mais de 10 anos e gestora do MAV. Ela desenvolve diversos projetos socioculturais e educativos, assim como curadorias e expografias artísticas.
Faça a inscrição para o dia 11 de novembro
Tomie Ohtake utilizou variadas estratégias para experimentar aquilo que acontece entre a intenção e o acaso. Uma dessas estratégias, adotada pela artista a partir da década de 1980, consiste em diluir a tinta acrílica em água.
A técnica da possibilita não somente a criação de transparência e profundidade, mas também uma constante negociação entre os gestos intencionais e o comportamento do pigmento misturado à água – quanto menor a densidade da tinta, menor é o controle sobre cada pincelada.
Coleção de cores com audiodescrição
Também ministrada por Andressa Cabral, a oficina Coleção de cores com audiodescrição será realizada no dia 4 de novembro, das 9h às 12h, no auditório do MAV. Nela, os participantes irão explorar as cores, formas e gestos por meio da criação de colagens, além de conhecer algumas técnicas da audiodescrição para usar durante a apresentação de sua criação.
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As cores encantaram Tomie Ohtake, que inventou diferentes maneiras de experimentá-las em suas obras. Para ela, os contornos, bordas, rebarbas e limites de papéis rasgados e cortados eram caminhos expressivos e potentes para evocar sensações, vibrações e gestos que conectam a presença do corpo à aparição das formas.
A exposição
Em "Tomie Ohtake Dançante", os curadores Paulo Miyada e Priscyla Gomes investigam se a pintura dança, ou se é possível dançar com a pintura. "Palavras como movimento, gesto, matéria, ritmo, corpo, espaço, deslocamento, partitura e coreografia, antes mesmo de serem articuladas em uma sentença verbal, misturavam-se na hipótese de que na obra de Tomie Ohtake se dança, de que Tomie é dançante".
A mostra traz um recorte de obras da artista, dividido em três núcleos (rasgos e combinações, tatear a matéria, planos e profundidades) com pinturas, gravuras, estudos, maquetes e ainda um documentário inédito dedicado a contar parte dos espetáculos produzidos por esse encontro entre dança e pintura realizado pelos coreógrafos Allyson Amaral, Cassi Abranches, Davi Pontes, Eduardo Fukushima e Bia Sano, Emilie Sugai e Rodrigo Pederneiras.
A exposição é realizada com a articulação e o patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Exposição 'Tomie Ohtake Dançante' oferece programação educativa gratuita.
Adriano Soares
