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Morto em tiroteio em frente a boate de Campinas era professor da rede pĂșblica de Limeira; alunos lamentam

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Por Redação em 19/11/2023 às 14:17:41
Wellington Fernando Aparecido Mariano nada tinha a ver com a situação que gerou os disparos, segundo a investigação. Crime ocorreu no bairro Cambuí. Wellington Fernando Aparecido Mariano, de 26 anos, era professor em Limeira; alunos lamentaram a morte em posts

Reprodução/Instagram

O homem morto durante o tiroteio em frente a uma boate no Cambuí, em Campinas (SP), era professor de educação física na rede municipal de Limeira (SP), confirmou a prefeitura limeirense neste domingo (19). A morte de Wellington Fernando Aparecido Mariano - que segundo as investigações não teria relação com a confusão - foi lamentada por alunos nas redes sociais.

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"Vai com Deus prof Wellington, que Deus te guarde", escreveu uma aluna como comentário em uma foto da vítima em rede social.

Wellington, de 26 anos, esteve em um show na boate Milk entre a noite de sexta-feira (17) e a madrugada de sábado (18). Os disparos ocorreram às 5h49 em frente à casa de eventos. Já na manhã de sábado, um homem foi preso e outro suspeito do crime não foi localizado.

Além de Wellington, duas mulheres de 22 e 23 anos foram atingidas pelos tiros. Ambas tiveram ferimentos nos pés e foram socorridas. Elas não correm risco de morte.

Informações apuradas pelo Polícia Civil apontam que as vítimas não teriam qualquer relação com a confusão que motivou o crime. As jovens de 22 e 23 anos, que não correm risco de morte, disseram que não conheciam Wellington.

"Em princípio, em relatos das testemunhas, eles falam que as vítimas não tinham nada a ver com a situação, que estavam ali no momento errado, na hora errada", afirmou o guarda municipal Duarte Souza à reportagem da EPTV.

Delegado do Setor de Homicídios de Campinas, Rui Pegolo também informou que não foi detectada nenhuma relação da vítima com o caso.

Homem morre e duas mulheres ficam feridas após disparos em frente a boate em Campinas

Qual a motivação?

Segundo Pegolo, a principal linha de investigação é de que os dois autores teriam sido expulsos da boate por uma confusão e, por represália, teriam retornado ao lugar atirando.

Os suspeitos foram identificados como André Cruz, de 25 anos, que foi preso em flagrante e teve a detenção convertida pela Justiça em preventiva - quando não há prazo para liberdade - e Gustavo de Queiroz, de 23 anos, que segue desaparecido.

André Cruz (à esq.) e Gustavo de Queiroz, suspeito de efetuar os disparos em frente a boate em Campinas: um jovem morreu e duas mulheres ficaram feridas

Reprodução/EPTV

Segundo o depoimento do suspeito preso, ele e o amigo arrumaram uma confusão na boate e foram expulsos. Ele afirmou que os dois foram agredidos por funcionários da casa noturna. Então, resolveram pegar uma arma escondida por eles mesmos em um mato e voltar ao local.

André Cruz teria confessado participação no homicídio e disse que era o dono da arma - informação depois contestada por seu advogado de defesa. Segundo Marcelo Nedin, o suspeito dirigia o veículo e Gustavo teria efetuado os disparos.

O carro prata utilizado no crime foi apreendido ainda no sábado. Segundo a Guarda, o veículo foi encontrado em um condomínio residencial no bairro Cidade Satélite Íris.

Carro usado por atirador que matou um jovem e feriu duas mulheres em frente a boate em Campinas (SP)

Guarda Municipal de Campinas

Boate lamenta

Segundo o boletim de ocorrência, o gerente da boate, chamada Milk, afirmou que a briga ocorreu no caixa do bar, quando o suspeito de ter disparado foi pagar a conta.

A EPTV tentou contato com a boate desde o fim da manhã e ao longo da tarde deste sábado (18). À noite, a empresa emitiu uma nota em que diz condenar o ocorrido, se compadece com os familiares e que está à disposição das autoridades para auxililar no esclarecimento do crime. Veja abaixo:

Boate Milk, de Campinas (SP), publicou nota nas redes sociais após tiroteio em frente ao estabelecimento matar um jovem e ferir duas mulheres na madrugada deste sábado (18)

Reprodução/Redes Sociais

Preso não sabia da morte

André Cruz estava em casa, dormindo, quando a polícia chegou na casa dele. Segundo o boletim de ocorrência, ele não sabia que a vítima havia morrido.

Ao ser preso, André Cruz teria afirmado para os guardas que estava sob efeito de álcool e drogas.

"[Ele disse] que se envolveu numa briga, numa discussão na balada lá no Cambuí e diante dessa situação eles resolveram empregar a violência para poder resolver a situação", afirmou o guarda municipal Duarte Souza.

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