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ExĂ©rcito envia reforços à fronteira com Venezuela e Guiana para evitar uso do território brasileiro em disputa por petróleo, diz MĂșcio

Área brasileira próxima a Pacaraima é acesso mais fácil à mata cerrada do Essequibo, alvo de disputa há séculos.

Por Redação em 30/11/2023 às 12:26:07
Área brasileira próxima a Pacaraima é acesso mais fácil à mata cerrada do Essequibo, alvo de disputa há séculos. Brasil não permitirá que militares de países vizinhos usem rota. O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou à TV Globo nesta quinta-feira (30) que o Exército vai deslocar 60 militares adicionais do Exército para reforçar a segurança em Pacaraima – cidade de Roraima próxima à tríplice fronteira Brasil-Venezuela-Guiana.

A área passa por uma escalada de tensão relacionada à disputa entre Venezuela e Guiana pelo território de Essequibo – uma grande porção de terra, hoje sob administração guianense, que abriga grandes reservas de petróleo (veja abaixo mais detalhes da disputa).

Segundo Múcio, o reforço deve praticamente dobrar o efetivo na região. Hoje, as Forças Armadas têm 70 militares em Pacaraima. Não há, até o momento, previsão de outras medidas.

O ministro da Defesa afirmou que a missão desses profissionais é evitar qualquer trânsito de militares venezuelanos pelo território brasileiro.

A região do Essequibo é ocupada por densas florestas e a região próxima a Pacaraima, em território brasileiro, é a rota mais fácil de acesso à área alvo do litígio.

Segundo José Múcio, o Brasil não permitirá "sob hipótese alguma" que essa rota seja usada pelos países vizinhos – por exemplo, para militarizar a região ou algum outro ato que leve a uma escalada das hostilidades.

Itamaraty monitora e defende negociação

A secretária de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores, embaixadora Gisela Maria Figueiredo Padovan, afirmou nesta quinta-feira (30) que o Brasil acompanha o caso e espera uma solução da controvérsia pelas vias diplomáticas.

"O assunto está na Corte Internacional de Justiça e estamos acompanhando. Guiana pediu uma liminar e a corte deve definir amanhã [sexta, 1Âș]. Estamos acompanhando para uma solução pacífica para a questão. A gente prima pela paz e cooperação", declarou Gisela.
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