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Em manifestação enviada ao Supremo, PGR defende suspensão de novo júri da boate Kiss

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Por Redação em 08/01/2024 às 19:52:35
Novo julgamento dos quatro réus está marcado para 26 de fevereiro. Em 2023, Superior Tribunal de Justiça manteve anulação das condenações do primeiro júri. Incêndio atinge a boate Kiss em Santa Maria

AFP

A Procuradoria-Geral da República se manifestou no Supremo Tribunal Federal (STF) pela suspensão do novo júri da boate Kiss, que está marcado para ocorrer no dia 26 de fevereiro.

Para a PGR, a suspensão deve valer até que seja analisado pelo STF um recurso contra a anulação do primeiro júri, que levou à condenação de quatro réus.

A Procuradoria entende que é possível suspender o júri até que haja uma decisão se o recurso será analisado pelo Supremo. O Ministério Público Federal (MPF) diz que não há nenhum réu preso e que a suspensão serviria para evitar gastos financeiros com a preparação de um júri.

A tragédia em uma casa noturna de Santa Maria (RS), em janeiro de 2013, deixou 242 mortos e mais de 600 feridos.

STJ mantém anulação de júri da boate Kiss

STJ manteve invalidação do 1º júri

Em setembro do ano passado, o Superior Tribunal de Justiça manteve a decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) que invalidou o júri, realizado em dezembro de 2021, por falhas no julgamento.

Entre as falhas apontadas, está:

a escolha dos jurados ter sido feita depois de três sorteios, quando o rito estipula apenas um

e o fato de o juiz ter conversado em particular com os jurados, sem a presença de representantes do Ministério Público ou dos advogados de defesa.

Com a decisão do TJRS, as condenações de Elissandro Spohr, Mauro Hoffmann, Luciano Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos, com penas que vão de 18 a 22 anos e meio de prisão, perderam a validade. Os réus aguardam em liberdade novos julgamentos.

O MP do Rio Grande do Sul tenta levar o caso para discussão no Supremo. Inicialmente, pediu que a Corte suspenda o novo júri até que o recurso seja analisado. A justificativa é que a medida evitaria um novo sofrimento dos sobreviventes e das famílias das vítimas fatais.

O caso tramita em segredo de Justiça no STF. Relator, o ministro Dias Toffoli rejeitou o pedido por questão processual. O MP do RS recorreu da decisão de Toffoli. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, respondendo pela Corte no recesso, pediu parecer da PGR.
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