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Guia leva debate sobre saúde mental para dentro das escolas do DF

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Por Redação em 13/01/2024 às 11:18:02
Documento traz orientações de combate ao bullying, racismo, homofobia, gordofobia dentro de sala de aula. Estudantes da capital contam como comentários de colegas deixaram marcas negativas. Mãe denuncia professora da Escola Classe 8, no Guará II, no DF

TV Globo/Reprodução

Um guia voltado para profissionais de educação pretende levar para dentro das escolas o debate sobre saúde mental. O documento, elaborado pela Secretaria de Educação do Distrito Federal, traz orientações de como agir e de prevenção de casos de bullying, mutilação e tentativas de suicídio entre os estudantes.

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O guia também aborda outros temas que atravessam o ambiente escolar, como o racismo e a homofobia, além de incluir explicações sobre as diversidades dos corpos.

Quando o assunto é gordofobia, por exemplo, o documento aponta como comentários aparentemente despretensiosos sobre o corpo alheio afetam a saúde mental de jovens.

As orientações do documento são claras e diretas, trazendo desde ações para prevenção a condutas emergenciais:

Não expor o estudante que está em sofrimento;

Conversar reservadamente em um ambiente adequado;

Encaminhar o aluno para serviços de apoio da própria escola;

Encaminhar o estudante para o serviço especializado, como médico ou psicólogo por exemplo.

'Comentários' que deixam marcas

Em 2023, o canal de denúncias "Disque 100" registrou cerca de 50 mil violações aos direitos humanos em creches, escolas e universidades de todo o país, incluindo denúncias de bullying. Foram quase 185 novos casos por dia.

Para quem sofre, o bullying não é brincadeira, não tem graça e deixa marcas. O Nicolas, de 12 anos, conta que já passou por isso diversas vezes ao receber apelidos maldosos na escola. Com ajuda dos pais, ele decidiu denunciar.

"Me sentia muito mal, ficava nos cantos chorando. Falava para professora, falavam com eles e não adiantava de jeito nenhum. Cansei de sofrer bullying. Falei com a diretora e pararam de fazer isso comigo", conta o estudante.

A Valentina, de 13 anos, também se recorda das consequências negativas. "Me senti horrível. Foi muito difícil na época, porque eu era novinha e falavam sobre o meu peso", afirma a estudante.

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