Ao longo do ano passado, o município do Alto Tietê contabilizou dez eventos de desastres. De acordo com o Cemaden, Brasil bateu recorde de ocorrências de desastres hidrológicos e geohidrológicos em 2023. Moradores foram retirados de casa depois de deslizamento em ItaquaquecetubaReprodução/ TV DiárioItaquaquecetuba foi a oitava cidade brasileira com o maior número de desastres naturais registrados em 2023, segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Ao longo do ano passado, o município do Alto Tietê contabilizou dez eventos de desastres.? Clique para seguir o canal do g1 Mogi das Cruzes e Suzano no WhatsAppAinda de acordo com o órgão, o Brasil bateu recorde de ocorrências de desastres hidrológicos e geohidrológicos no ano passado. Além disso, o país fechou um ano pela primeira vez com mais de 1 mil ocorrências de desastres naturais.Confira abaixo o ranking de municípios com maior número de desastres naturais em 2023:Manaus (AM): 23São Paulo (SP): 22Petrópolis (RJ): 18Brusque (SC): 14Barra Mansa (RJ): 14Salvador (BA): 11Curitiba (PR): 10Itaquaquecetuba (SP): 10Ubatuba (SP): 9Xanxerê (SC): 9Ao todo, o Cemaden monitora 1.038 municípios ininterruptamente. Além das ocorrências de desastres, o órgão também registrou uma grande quantidade de alertas de desastres.LEIA MAIS:Brasil registrou média de três desastres naturais por dia em 2023; número é recorde, diz CemadenChuva provoca deslizamento de terra em Itaquaquecetuba; moradores são retirados de casaMoradia é demolida após novo deslizamento de terra no bairro Louzada, em ItaquaquecetubaChuva provoca deslizamento de terra em ItaquaquecetubaEntre janeiro e dezembro, foram contabilizados 1.161 eventos de desastres, sendo que 716 (61,7%) desses eventos foram hidrológicos, como transbordamento de rios, por exemplo, e outros 445 (38,3%) foram de natureza geológica, como deslizamentos de terra. Na média, o país registrou pelo menos três desastres diariamente.Alertas de desastresNo total, 3.425 alertas foram emitidos em todo o país entre janeiro e dezembro -- o que representou uma média de pelo menos nove alertas de desastres emitidos diariamente. Desse total, 1.813 foram alertas hidrológicos (52,9%) e outros 1.612 alertas geohidrológicos (47,1%).No ranking de municípios, Petrópolis, no Rio de Janeiro, foi a cidade que mais concentrou o número de alertas emitidos: em 2023 foram 61 alertas de desastres na cidade. São Paulo aparece em segundo lugar, com 56 (veja a lista completa abaixo).Veja abaixo o ranking de municípios com maior número de alertas de desastres em 2023:Petrópolis (RJ): 61São Paulo (SP): 56Manaus (AM): 49Belo Horizonte (MG): 40Rio de Janeiro (RJ): 35Juiz de Fora (MG): 34Angra dos Reis (RJ): 30Recife (PE): 26Teresópolis (RJ): 25Nova Friburgo (RJ): 25De acordo com o Cemaden, a mudança no clima pode explicar o recorde de desastres naturais registrados no país em 2023, como, por exemplo, a transição do fenômeno La Niña para o El Niño, o que ocasionou uma mudança no padrão das chuvas em relação à média histórica.Desastres em ItaquaquecetubaEm 2023, deslizamentos de terra em Itaquaquecetuba provocaram a interdição de algumas moradias no bairro Louzada. O local, inclusive, recebeu um simulado de emergência em julho.Simulação de deslizamento é realizado em ItaquaquecetubaJoão Belarmino/ TV DiárioEm fevereiro do ano passado, moradores de uma casa no Jardim Louzada foram retirados do imóvel por causa de um deslizamento de terra após fortes chuvas no local.Em outubro, duas moradias que ficam na mesma rua do bairro haviam sido gravemente afetadas por um deslizamento, enquanto outra casa precisou ser demolida. De acordo com a Prefeitura, não houve vítimas e nenhum dano material.O que diz a prefeituraEm nota, a Prefeitura de Itaquaquecetuba informou que, para minimizar o impacto causado em época de aumento de chuvas entre outubro e março, sobretudo neste período de alerta estadual, a Defesa Civil mantém a prática de esforço conjunto entre as secretarias municipais.Limpeza de bueiro, poda de árvores, capinação e desassoreamento dos córregos são medidas preventivas para que os transtornos na cidade possam ser minimizados, inclusive após inúmeros pedidos e tratativas junto ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), o programa "Integra Tietê" iniciou o desassoreamento no Rio Tietê, no trecho do lote 4, no dia 18 de dezembro.A administração municipal ainda disse que investiu mais de R$ 6 milhões em trabalhos relacionados ao combate e prevenção às enchentes. Os trabalhos envolvem intervenções de infraestrutura em áreas estratégicas e que são consideradas mais vulneráveis a possíveis intercorrências motivadas pelas condições climáticas. Além disso, outro grande investimentos relacionados à prevenção, segundo a prefeitura, foi a construção do muro de contenção do Louzada, que corta as ruas Águas Formosas e Joaquim Torres dos Santos. Com investimento de R$ 5,5 milhões, a obra, iniciada em 2023, fortalece a segurança da região e revitaliza parte da infraestrutura comprometida por deslizamentos de terra.A prefeitura também informou que a Defesa Civil do município possui, ainda, o Plano de Contingenciamento para Desastres Naturais com os locais que merecem mais atenção da Defesa Civil, que trabalha 24 horas em sistemas de monitoramento, auxiliada pela Guarda Civil Municipal.A orientação é de que a população mantenha-se atenta quanto às condições meteorológicas por meio de SMS que é enviado pelo órgão e, em caso de tempestade, busque abrigo seguro. A Defesa Civil deve ser acionada pelo 199.Assista a mais notícias sobre o Alto Tietê