Primeira noite terá Parque Acari, Império da Tijuca, Vigário Geral, Inocentes de Belford Roxo, Estácio de Sá, União de Maricá, Acadêmicos de Niterói e Unidos da Ponte. Veja os enredos e as letras dos sambas. Lia de Itamaracá comemora 80 anos em 2024Ytallo Barreto/DivulgaçãoOito escolas de samba abrem nesta sexta-feira (9), a partir das 21h, na Marquês de Sapucaí, a acirrada disputa pela única vaga no Grupo Especial em 2025. Muitas delas, inclusive, já estiveram na elite do carnaval do RJ.A 1ª noite terá Parque Acari, Império da Tijuca, Acadêmicos de Vigário Geral, Inocentes de Belford Roxo, Estácio de Sá, União de Maricá, Acadêmicos de Niterói e Unidos da Ponte.Já no sábado (10) virão Sereno de Campo Grande, Em Cima da Hora, Arranco, União da Ilha, Unidos de Padre Miguel, São Clemente, Unidos de Bangu e Império Serrano.Músicos do Ilê Aiyê, bloco afro mais antigo do paísReprodução/Redes SociaisUnião do Parque AcariA Amarela, Rosa e Branca da Zona Norte do Rio vai homenagear o Ilê Aiyê, o 1º bloco afro do Brasil, que em 2024 completa 50 anos.Ilê Aiyê, 50 anos de luta e de resistênciaCompositores: Jorginho Moreira, Alexandre Reis, Márcio de Deus, Professor Laranjo, Gigi da Estiva, Binho Araújo, Jr. Professor, Madalena, Odmar do Banjo, Raphael Krek e Telmo Augusto.O brilho do luar africanoIlumina a brancura da pazNa sagrada BahiaNação herdeira dos ancestraisNegritude, joia do saberNa visão do bem querer, a liberdadePor igualdade contra o ato vilNasce o primeiro bloco afro do BrasilO mais belo dos belos, tem o seu valorÉ resistência do carnaval de SalvadorAjeita o "black", o rastafári, as tranças vão "bailar"E veste a bata colorida pra lutarSenzala de barro preto, carregada de axéFirma o ponto pros voduns... a féDesce a Ladeira do CuruzuAbençoado por mãe Hilda JitoluEntoa o canto sideralCinquenta anos de legado culturalÊ, Deusa do ébano, é noite da beleza negraNo Rio de Janeiro ressoa o tamborPro orgulho de vovôQue bloco é esse? Lindo de se verNão me pegue não, deixe eu curtir o IlêCanta, Parque Acari, meu maior tesouroCintilar teu pavilhão, é ouroVem no toque do ijexá, hoje vai ter xirêPra homenagear o bloco Ilê AiyêImpério da TijucaA Verde e Branca da Tijuca vai homenagear em vida a cantora Lia de Itamaracá, que mês passado completou 80 anos.Sou Lia de Itamaracá, cirandando a vida na beira do marCompositores: Eduardo Katata, JC Couto, Henrique Badá, Ferreti da Ponte, Sérgio Gil, Gilsinho Oliveira, Gabriel Machado Charuto e Gabriel Cascardo Gavião.Salve as Iabás, ora ie ie ôSaluba Nanã, odociabáSou a ciranda, tenho a melodiaE moro na Ilha de ItamaracáSalve as Iabás, ora ie ie ôSaluba Nanã, odociabáPovo do Samba, eu me chamo LiaTrago a poesia desse meu lugarVim aqui me apresentarSou filha das águas mulher guerreiraA inspiração vem do marCom as ondas na branca areiaA brisa sopra mais forteNa cana e nos coqueiraisLua prateia serenaNos rios e manguezaisPulsa minh'alma de artistaNo folclore do meu chãoO tom e as cores da ilhaVivem na minha cançãoCirandeiro ah, cirandeiro êRainha Preta, a voz que tem poderCirandeiro ê, cirandeiro ahEntra na roda vamos cirandarReis e Rainhas na lida ao SolGanham a vida com próprio suorSalve a padroeira, as festas, a pesca e a paixãoTempero e sabor, mainha deixouHerança pro meu dia a diaA minha folia é lembradaNo Galo da MadrugadaE no carnaval sou estrelaMeu colorido é axéNo Império da TijucaMinha emoção faz tremer a AvenidaSou a negritude, a músicaE a cirandeira tão queridaSão João de Maracanaú, no CearáReprodução/TV GloboAcadêmicos de Vigário GeralA Tricolor vai cantar a cearense Maracanaú, famosa pelos festejos de São João e por ter dois padroeiros, São José e Santo Antônio.Maracanaú: bem-vindos ao maior São João do planetaCompositores: Tem-Tem Jr., Silvana Aleixo, Junior Fionda, Romeu Almeida, Jefferson Oliveira, Valtinho Botafogo, Marcus Lopes, Marcelinho Santos, Rafael Ribeiro, Sérgio Augusto de Oliveira Junior e Edu Casa.A fé guia o povo nordestinoEntre a cruz e o destino sou fiel e pregoeiroRezo a dois santos e vagueio o assuntoE te juro de pés juntos que tenho dois padroeirosEles conversam entre si por nossa genteSanto Antônio eloquente e o justo São JoséUm diz, não haver beleza igualE o outro conta a força da nação originalFoi minha terra batizada pelo santoOnde a mangueira tem a força da raizA identidade cultural e popularOnde o tronco Ceará, ergue as folhas do paísE segue o papo entre lendas e risadasLeva medo à criançada, mas é pura ilusãoChega o progresso pelos trilhos anda o tempoGanha em desenvolvimento e industrializaçãoForrozeiro ê! Sob a lua prateadaMinha vida enfeitada pelas fitas do meu céuForrozeiro ê! Minha amada é meu parDo maior dos arraiáVai meu samba em cordelQuando a noite cai reluz o Cruzeiro do SulBrilha Maracanaú! Poesia regionalVigário Geral vestida de emoção,De sanfona e zabumba vem louvar a São JoãoVendedor pendura camisas da Seleção Brasileira no Camelódromo da Uruguaiana, no Centro do RioMarcos Serra Lima/g1Inocentes de Belford RoxoA Inocentes vai exaltar a importância dos camelôs, na história e na vida do brasileiro, desde a colonização, quando foi retratado pela primeira vez nas pinturas do artista francês Jean-Baptiste Debret ao emoldurar cenas das ruas do Rio de Janeiro.Debret pintou, camelô gritou: 'Compre 2, leve 3!' Tudo para agradar o freguês!Compositores: Cláudio Russo, Thiago Brito, Zé Luiz, Chico Alves, André Felix e Altamiro.Debret debruçado na janelaViu a preta de BenguelaEnsaiando o pregãoE veio pelo mar trazendo tintaPra João gritar da QuintaVai cumprir sua missãoNos traços o trabalhador de ganho, ô ô ôE a Negra Mina quituteiraNa esquina da oferta e do barganhoBailava o pincel que deu BandeiraMercador evoluiuFoi ao cais do GuajaráNum modelo de BrasilPra vender e pra comprarPôs barraca, fez a feiraO patrão pirou de vezDa Pavuna a MadureiraPague dois e leve trêsOi moça, leva sem caroço a bela uvaPapo reto não faz curvaJá gritava o camelôCom 7 ervas faz um bom defumadorEm apenas quatro diasTraz de volta o seu amorAmbulante tudo temNo trem que sai da centralNo vai e vem da UruguaianaTem pirata e originalEu fui pro informalPor falta de oportunidadeA margem da sociedadeMas se deixar eu me vender (vender)Na luta desigualMostro minha qualidadePalestro na universidadeViro dono de TVVocê não vai comprar a minha alegria!Eu não dou colher de chá nessa mercadoriaMisturei cinco sementes, aguardente e colorauA receita da Inocentes pra ganhar o carnavalEstácio de SáO Leão parte de Maria Conga e Vovó Cambinda para homenagear as religiões afro-brasileiras.Chão de devoção: orgulho ancestralCompositores: Marquinhos Beija-Flor, Telmo Augusto, Bárbara Fonseca, Guilherme Karraz, Dilson Marimba, Tinga, Diego Nicolau, Thiago Daniel, Filipe Medrado, Magrão do Estácio, Cláudio Russo, Julio Alves, Adolpho Konder e Fernando Hackme.Kianda! Mwana ya sanza!Livres feito o vento da costa africanaOdara, meu berço é ilê de pretoQuilombo, resistência, guetoOrgulho ancestralClamor de liberdade nas savanasEm meio à tambores, canto e dançaA noite sombria roubou toda a pazE a escravidão deixou de herançaÔ ô ô ô ô, ô ô ô ô, ô ô ô ôSegue o tumbeiroSegue o tumbeiro no marVida não é cativeiro, cativeiro não é larNão me fale de corrente, nem tampouco travessiaEu só sei que gente é gente e não é mercadoriaChegaram e plantaram nesse chãoImensidão de cultura e memóriaSaberes e sabores de canduraBravura que ficou na históriaBaixam nos terreiros de umbandaPra vencer demanda com a luz de OxaláÀs pretas velhas, mães de todo estacianoUm batuque africano e uma vela no gongáVovó Cambinda, chama Vó Maria CongaVovó Cambinda, chama Vó Maria CongaA Estácio tem mandinga, a Estácio tem mirongaTraz o coité, o cachimbo e o patuáAdorê às almas, mizifio, saravá!Guaracy Sant'anna, o Guará, autor de sambas marcantes, como "Sorriso Aberto", "Problema Social" e "Singelo Menestrel"Reprodução/TV GloboUnião de MaricáA escola da Região dos Lagos exaltará vida e obra de Guaracy Sant'anna, o Guará, autor de sambas marcantes, como "Sorriso Aberto", "Problema Social" e "Singelo Menestrel".O Esperançar do PoetaCompositores: Rafael Gigante, Vinicius Ferreira, Junior Fionda, Camarão Neto, Victor do Chapéu, Jefferson Oliveira, Marquinho Abaeté e André do Posto 7Neguinho, vadio, vagabundoSou muito mais que issoPosso ser o que quiserTalento, pé descalço, corre mundoTodos que me excomungaramTem que aplaudir de péNo meu barraco, luxo é ter educaçãoSaúde, boa prosa, um prato de feijãoProgresso é feito pelos meus iguaisVocê sabe quem é quem quando vem os temporaisLogo eu, de viola em bandoleiraEntre tantas saideirasCom o meu sorriso abertoLogo eu, filho da simplicidadeFaço da comunidade o paraíso certoCaneta e papel, um sonho revelNão ser mais um problema social, meu irmãoPra ganhar o pão, compus meu destinoNos versos do reverso mundo cãoIluminados pela lua de OgumNós somos muitos, mas não somos "qualquer um"No esperançar do menestrelVai meu desejo febrilSou eu mais um Guará desse BrasilO amor venceu pelos Guarás desse BrasilEscrevendo à luz de velas, operário da cançãoConstruindo a poesia que edifica o coraçãoÉ o povo no poder com orgulho de falar:Maricá é meu país! Meu país é Maricá!Mestre João Batista Farias esteve à frente do 2º Terno de Catopés Nossa Senhora do Rosário por 46 anos, em Montes ClarosSecretaria de Cultura/Arquivo PessoalAcadêmicos de NiteróiA Azul e Branca vai trazer a cultura dos catopês, grupo folclórico que se expressa nas congadas. São comuns no norte de Minas Gerais.Catopês – um céu de fitasCompositores: Junior Fionda, Tem-Tem Jr., Júlio Pagé, Rod Torres, Marcelinho Santos, JB Oliveira, Marcus Lopes, Gilson Silva, Edu Casa Leme e Richard Valença.Sagrado tambor de fé (Ô! De fé)E de enfrentar maré!Brada seu vissungoAfricano chão fecundoQue o escravo ganhou mundoPra louvar seus ancestraisTrouxe de AngolaResistência quilombolaE rompeu a dor da argolaPelas bandas das GeraisBota preto Benedito no altarQue não tem mais capiongo nãoReina o Congo sem calvárioPara a virgem do RosárioFiz a minha oraçãoCéu de fita! Chão de ternoNo estandarte brilha eternoA divina santidadeVela acesa, dor curadaTem caboclo e marujadaPelas cores da saudadeToca o sino da igrejinha e a cidade se agitaDançam corpos feito pipas pra Nobreza coroarSe o cortejo emudece, em silêncioMestre Zanza pra provar que a IntolerânciaNão merece o meu cantarArreda minha gente!Arreda do caminhoQue lá vem Nossa SenhoraVem trazendo seus anjinhosTem desfile em romaria a negrura enfeitadaSanto Rei do meu legadoVem fazer sua congadaNiterói em louvaçãoFaz a manifestaçãoGanha a rua o som do pretoVem trazer a batucadaSou das Minas peregrinoO milagre a se moverOiá lá oia eu tôNo cortejo do CatopêDendê faz parte da gastronomia ancestralSolange Borges/Arquivo pessoalUnidos da PonteA escola de São João de Meriti vai falar do dendê, cujo azeite dá o tom a tantas receitas baianas, como o acarajé.Tendendém, o axé do epó pupáCompositores: Junior Fionda, Tem-Tem Jr., Carlos Kind, Léo Freire, Vitor Hugo, Léo berê, Marcelinho Santos, Jefferson Oliveira, Alexandre Araujo e Valtinho Botafogo.Epô Pupá!Derrama no candealO axé do bambuzalAfefé de ErueximIgi opê – a faísca do AyêDá caminho no padêRevelado nos Ikins!NegrumeAjeré de mandingueiroO suor do moendeiroA bravura do pilão!É lume, alforria besuntadaNa Bahia carregadaDe tempero e louvação!Ê capoeira, ê, meu Ogum!Sou o ponto dobrado no rumBerimbau e agogôSaravá Tia BaianaDo tabuleiro de acarajé!Vento que entornouA palma de GuinéYá é quituteira em São Joaquim da FeiraFaz ganho do atiçoDo vento do Pelô à Praça da MatrizAavora do feitiço!Oferenda ao meu santoSamba que desata o nóTira o fardo do quebrantoE demanda no Ebó!Caruru, sarapatelOmolocum pra ter o mel!Amalá ao justiceiroPreto quando enfrenta a dorFere o coro do tamborPisa forte no terreiro!Exu obá, laroyê!É a Ponte sem quizilaNa mandinga do dendê!Como se calcula a data do carnaval?