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TrĂȘs garimpeiros são mortos na Terra Yanomami e famĂ­lia pede retirada dos corpos

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Por Redação em 13/02/2024 às 15:16:56
Josafá Vaniz da Silva, de 52 anos, Luiz Ferreira da Silva, de 50 anos, e Elizangela Pessoa da Silva, de 43 anos morreram no dia 8 de fevereiro, numa área de garimpo entre a localidade de Parima e Dicão. Elizangela Pessoa da Silva, Luiz Ferreira da Silva e Josafá Vaniz da Silva estavam em garimpo na Terra Yanomami

Arquivo pessoal

Três garimpeiros identificados como Josafá Vaniz da Silva, de 52 anos, Luiz Ferreira da Silva, de 50 anos, e Elizângela Pessoa da Silva, de 43 anos, morreram na Terra Indígena Yanomami. Familiares, segundo informado Polícia Civil de Roraima nesta terça-feira (13), acusam indígenas de terem atacado os três no dia 8 de fevereiro.

Um boletim de ocorrência relatando as mortes foi registrado nessa segunda-feira (12) no 4Âș Distrito Policial. Segundo familiares, os três estavam numa área entre o Parima e a região conhecida como "Dicão", quando sofrerem um ataque surpresa por indígenas, que estariam armados de arcos, flechas e armas de fogo. Eles pediram providências à Polícia Civil.

Em nota, a Polícia Civil disse que está mobilizando uma força-tarefa para chegar à região considerada de difícil acesso.

"Devido à localização em uma área de mata distante, existem desafios logísticos, mas a Polícia Civil está comprometida em enviar todos os esforços necessários para resgatar os corpos das vítimas", informou.

Além disso, a Polícia Civil informou que está em contato com o Exército Brasileiro para ter apoio com a logística para a equipe de agentes, delegados e peritos cheguem até o território. O Corpo de Bombeiros também deve ir na comitiva.

O Exército foi procurado pelo g1, mas ainda não enviou resposta sobre o assunto.

Draga de garimpo no rio Parima, na Terra Yanomami

Divulgação/Condisi-YY/Arquivo

Maior território indígena do Brasil, a Terra Yanomami, enfrenta uma crise sanitária sem precedentes, causada pela forte presença de garimpeiros - no ano de 2022, a exploração de minérios avançou 54% na região. Esse avanço desenfreado causou doenças, devastação ambiental e conflitos armados, com mortes e violência.

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