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Preso por suposto esquema de indenização de seguro é transferido para cela individual por receber informações de policial penal no DF

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Por Redação em 17/02/2024 às 18:13:31
Suspeito foi preso em setembro do ano passado, após Polícia Civil apontar simulação de acidentes que rendeu R$ 2 milhões em indenização de seguro. Policia penal que repassou informações de investigador do caso foi afastado do cargo. Carros batidos por grupo suspeito de simular acidentes para lucrar com indenização, no DF

PCDF/Reprodução

Um homem preso por suposta simulação de acidentes para receber indenização de seguro foi transferido, nesta sexta-feira (16), para uma cela individual para cumprir regime disciplinar diferenciado (RDD) por um ano, segundo informações da Polícia Civil. O nome do suspeito, que seria chefe do esquema, não foi divulgado.

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Segundo as investigações que levaram à transferência, o preso interagia com um policial penal, que repassava informações de um policial civil que investigava o suspeito.

Ele foi preso em setembro do ano passado após a corporação deflagrar uma operação contra o suposto grupo criminoso. Os investigadores afirmam que os suspeitos simularam 12 acidentes e destruíram 25 veículos, recebendo das seguradoras um montante de R$ 2 milhões (veja detalhes abaixo).

A Polícia Civil afirma que as informações do investigador eram repassadas para criminosos que estavam em liberdade. Em seguida, ainda de acordo com os investigadores, suspeitos de participarem do esquema foram até a casa do policial civil para intimidá-lo.

Afastamento

O policial penal foi afastado das funções por 90 dias, conforme decisão do juiz da Vara Criminal e do Tribunal do Júri de Brazlândia. Agentes da 18ª Delegacia de Polícia, em Brazlândia, cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do policial penal.

Ele foi exonerado da função de Diretor-Adjunto do Centro de Detenção Provisória (CDP) II, local em que o suposto líder do esquema está preso, no último dia 6.

Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) afirma que "toda e qualquer suspeita de desvio de conduta de seus servidores é investigada e as providências administrativas adotadas imediatamente".

Esquema criminoso

A operação que prendeu o suposto chefe do esquema e outras cinco pessoas foi deflagrada em setembro do ano passado. Segundo as investigações, o esquema seria chefiado por um empresário de Taguatinga e um ex-policial militar do DF.

À época, a Polícia Civil afirmou que os acidentes forjados ocorreram nas cidades de Brazlândia, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Vicente Pires e no Plano Piloto. Os veículos envolvidos eram de luxo, de marcas como Porsche, BMW, Audi, Volvo e Mercedes.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Luís Fernando Cocito, o grupo comprava carros importados com certo tempo de uso e de difícil comercialização, consertavam esses veículos. Em seguida, eles contratavam uma apólice de seguro, cujo montante a ser pago em caso de perda total, seria o valor de tabela Fipe.

O empresário Glauber Henrique Lucas de Oliveira, preso por integrar grupo suspeito de organização criminosa, no DF

Reprodução

O empresário Glauber Henrique Lucas de Oliveira foi um dos presos na operação. Chefe de gabinete na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), ele foi exonerado dois dias após a prisão.

Em nota, a assessoria do deputado distrital Roosevelt Vilela (PL) informou que, ao tomar conhecimento da operação envolvendo o servidor, resolveu demiti-lo "por repudiar qualquer tipo de ato criminoso". Glauber faz parte da 2ª Mesa Diretora da Casa, comandada por Vilela.

À época, a TV Globo tentou contato com a defesa de Glauber Henrique, mas não obteve retorno.

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