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Lula e presidente da Espanha vão discutir guerras em Gaza e na Ucrânia, diz Itamaraty

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Por Redação em 05/03/2024 às 15:10:49
Lula recebe espanhol Pedro Sánchez em Brasília nesta quarta. Em 2023, brasileiro foi recebido por Sánchez na Espanha em visita oficial. Lula com o presidente da Espanha, Pedro Sánchez

Ricardo Stuckert/PR

O Ministério das Relações Exteriores informou nesta terça-feira (5) que o presidente Lula discutirá com o presidente da Espanha, Pedro Sanchez, as guerras na Ucrânia e em Gaza.

Sanchez cumprirá agenda oficial em Brasília nesta quarta – na primeira visita dele ao Brasil desde que Lula tomou posse. No ano passado, o presidente brasileiro esteve em Madri.

No caso da guerra em Gaza, Lula tem condenado o ataque do grupo terrorista Hamas, mas afirmado que a reação de Israel tem representado "genocidio", uma vez que mulheres e crianças e inocentes estão morrendo na guerra.

Já no caso da guerra na Ucrânia, Lula tem defendido a criação de um "clube da paz", formado por países como China, Indonésia e Índia, para intermediar um acordo entre Rússia e Ucrânia.

"Na ocasião, os dois mandatários [Lula e Sanchez] passarão em revista o estado do relacionamento bilateral e trocarão avaliações sobre temas relevantes da conjuntura regional e global, tais como a crise no Oriente Médio, em particular a grave situação humanitária em Gaza e as perspectivas de avanço de uma solução de dois Estados e o conflito na Ucrânia", informou o Itamaraty.

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Acordo Mercosul-UE

Ainda de acordo com o Itamaraty, Lula e Sanchez devem discutir as negociações do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia.

O acordo é negociado desde 1999. Em 2019, foi concluída a primeira etapa e, desde então, os blocos passaram à fase de revisão dos termos, mas ainda tem prevalecido uma série de divergências - nas áreas ambiental e de compras de governo.

O Brasil presidiu o Mercosul no segundo semestre do ano passado, e diplomatas tinham a expectativa de o acordo ser finalizado, aproveitando a presidência espanhola da União Europeia - o país é a favor do acordo.

Mas o acordo não foi finalizado, principalmente pelo posicionamento contrário da França, e diplomatas dizem que, embora as negociações continuem "normalmente", a conclusão não deve se dar "no curto prazo".
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