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PolĂ­cia Civil do DF desarticula grupo criminoso que extorquia mulheres com vĂ­deos Ă­ntimos

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Por Redação em 14/03/2024 às 10:22:23
Promessa era de que vítimas iriam seguir carreira de modelo com altos cachês. Alvos eram mulheres jovens, entre 18 e 30 anos, que fossem ativas nas redes sociais. Operação "Trap"

Reprodução/ Polícia Civil

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, nesta quinta-feira (14), uma operação para desarticular uma organização criminosa que extorquia mulheres depois de fazer elas enviarem vídeos íntimos. A promessa era de que as vítimas iriam seguir carreiras de modelos com altos cachês (veja detalhes abaixo).

De acordo com as investigações, que duraram quase dois anos, o grupo encontrava as vítimas nas redes sociais. Os alvos eram mulheres jovens, entre 18 e 30 anos, que fossem ativas nas redes sociais.

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Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em Ceilândia e no Gama, no Distrito Federal; em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco; e no Estado de São Paulo, na capital e na cidade de São José do Rio Preto.

O golpe

Mensagens trocadas pelo Instagram do grupo criminoso com as vítimas

Reprodução/ Polícia Civil

Por meio de um perfil falso, um dos criminosos localizava a vítima no Instagram, dizendo que possuía uma agência de modelos e que estava em busca de novos perfis. Para conquistar a confiança das vítimas, o autor mandava uma cópia de documentos e imagens do extrato de contas bancárias com milhões na conta, afirmando que os valores vinham dos trabalhos das modelos.

Em mensagens trocadas com as vítimas, um dos golpistas oferece à vítima o trabalho de realizar fotos nuas, com a promessa de sigilo (veja foto acima).

O autor induzia as vítimas a enviar fotos e vídeos íntimos, com a promessa de que elas iriam seguir carreira de modelo e que ganhariam altos cachês, em dólares;

Com outro perfil falso, que seria da representante da agência de modelos, a vítima era informada que um cliente teria se interessado, mas que só faria o pagamento caso elas "realizassem seus desejos" em uma chamada de vídeo;

Dias depois, as mulheres eram chamadas por outro perfil falso, e recebiam os vídeos das chamadas que tinham sido gravadas;

As mulheres entravam em contato com o perfil que era da proprietária da agência para resolver o problema, mas eram informadas que a empresa teria sido assaltada e que teriam levado seus aparelhos eletrônicos com as fotos e vídeos das modelos da agência;

Em seguida, a suposta agenciadora informava que tinha conseguido negociar com o assaltante para que ele não divulgasse os vídeos. Mas, para isso, as vítimas teriam que pagar uma quantia em dinheiro.

Assim as vítimas eram extorquidas sob a ameaça de divulgação dos seus vídeos e fotos íntimas nas redes sociais. Assustadas, elas acabavam fazendo os pagamentos para contas laranjas fornecidas pela organização criminosa.

Além do DF, foram identificadas vítimas nos estados de Goiás, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.

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