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Imprensa internacional repercute indiciamento de Bolsonaro por fraude em cartões de vacina da Covid-19

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Por Redação em 19/03/2024 às 23:17:50
O ex-presidente foi indiciado pela Polícia Federal nesta terça-feira (19) pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações do governo. Foto de arquivo de 09/12/2022 do então presidente Jair Bolsonaro em cerimônia de declaração de Guarda Marinha, na Escola Naval no Rio de Janeiro.

PEDRO KIRILOS/ESTADÃO CONTEÚDO

A imprensa internacional repercutiu o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pela Polícia Federal nesta terça-feira (19) pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações no caso que apura a falsificação de certificados de vacinas de Covid-19.

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Há a suspeita de que o ex-presidente Jair Bolsonaro tenha participado de um esquema para forjar certificados de vacinas de Covid-19, e o indiciamento significa que a PF reuniu elementos suficientes para acusá-lo dos crimes.

Outras 16 pessoas também foram indiciadas pela PF, incluindo o Mauro Cid, coronel do Exército e ex-ajudante de ordens da Presidência da República. Veja quais são os próximos passos do processo.

INFOGRÁFICO: quem é quem e o que fizeram indiciados por fraude de vacinações

New York Times, EUA

Reprodução de texto do 'New York Times' sobre indiciamento de Jair Bolsonaro pela PF em 19 de março de 2024.

Reprodução

O jornal americano "The New York Times" deu evidência à utilização do certificado pelo ex-presidente para viajar aos Estados Unidos no final de 2022.

"A polícia brasileira acusou o Sr. Bolsonaro de ordenar a um assessor de alto escalão que obtivesse registros falsificados de vacinação contra a Covid-19 para ele e sua filha, de 13 anos, no final de 2022, pouco antes de o ex-presidente viajar para a Flórida, onde ficou por três meses após sua derrota nas eleições", escreveu o jornal.

O veículo ainda disse que a PF espera resposta do Departamento de Justiça dos EUA para saber se Bolsonaro de fato usou o certificado falso de vacinação para entrar no país, o que poderia resultar em novas acusações criminais contra o ex-presidente.

The Guardian, Reino Unido

Reprodução de texto do 'The Guardian' sobre indiciamento de Jair Bolsonaro pela PF em 19 de março de 2024.

Reprodução

O jornal britânico "The Guardian" disse que o indiciamento da PF contra Bolsonaro é "a primeira acusação formal para o líder de extrema-direita em apuros, com outras possíveis ainda por vir".

O "The Guardian" ainda relembrou o modo como Bolsonaro tratou a vacina e a pandemia, incluindo os e-mails da Pfizer que seu governo ignorou.

"Durante a pandemia, Bolsonaro foi um dos poucos líderes mundiais que se opôs à vacina, desafiando abertamente as restrições de saúde e encorajando a sociedade a seguir seu exemplo", escreveu o jornal.

Jair Bolsonaro e Mauro Cid são indiciados pela PF por associação criminosa e falsificação

El País, Espanha

Reprodução de texto do 'El País' sobre indiciamento de Jair Bolsonaro pela PF em 19 de março de 2024.

Reprodução

O jornal espanhol "El País" disse que além do indiciamento da PF por dois crimes que Bolsonaro teria cometido, o ex-presidente também é investigado por golpismo e pela apropriação de joias sauditas dadas como presente ao Estado brasileiro.

O texto também dá evidência ao fato das investigações contra Bolsonaro estarem ganhando tração e traz a resposta do ex-presidente em que fala que ele nunca se vacinou e que isso não era segredo para ninguém, mas sem dar detalhes de como o registro de vacinação teria aparecido no sistema do SUS.

Clarín, Argentina

Reprodução de texto do 'Clarín' sobre indiciamento de Jair Bolsonaro pela PF em 19 de março de 2024.

Reprodução

O jornal argentino "Clarín" deu destaque ao depoimento de Mauro Cid à PF, que explicitou o envolvimento do ex-presidente no esquema: "ele deu a ordem", escreveram no título, citando fala de Cid.

O "Clarín" também evidenciou a rede do esquema de falsificação dos certificados, que "envolveu militares, assessores, políticos e médicos (...) e que supostamente beneficiou Bolsonaro e seu entorno mais próximo" com "o objetivo de permitir que seus beneficiários contornassem as restrições sanitárias em outros países durante a pandemia."

The Washington Post, EUA

Reprodução de texto do 'The Washington Post' sobre indiciamento de Jair Bolsonaro pela PF em 19 de março de 2024.

Reprodução

O jornal "The Washington Post", dos EUA, chamou Bolsonaro de "anti-vax", expressão utilizada para pessoas que não acreditam em vacinas e se popularizou durante a pandemia de Covid-19. O veículo também deu evidência ao fato dele utilizar o certificado forjado de vacinação antes de visita aos Estados Unidos.

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