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Quaest: Avaliação do governo Lula entre agentes do mercado piora; a do trabalho de Haddad melhora

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Por Redação em 20/03/2024 às 11:56:27
Expectativa sobre economia melhora e maioria aposta em maior queda de juros, mas quase todos os entrevistados acreditam que governo não vai zerar o déficit em 2024, como espera o governo. Pesquisa foi feita com 101 agentes do mercado, entre gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro.

Uma pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (20) apontou que a avaliação do governo Lula (PT) é negativa para 64% dos agentes do mercado financeiro. O número é 12 pontos percentuais mais alto que o último levantamento, realizado em novembro.

6% avaliam o governo Lula como positivo (eram 9% em novembro) e 30% como regular (eram 39%).

O levantamento ouviu entre os dias 14 e 19 de março 101 gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro que trabalham em 84 empresas responsáveis por R$ 3,5 trilhões em fundos de investimento com sede em São Paulo e no Rio de Janeiro.

A margem de erro é de 3,4 pontos percentuais para mais ou para menos, e o levantamento foi encomendado pela Genial Investimentos.

Haddad

A pesquisa mostra que metade (50%) dos entrevistados avaliaram como positivo o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, 7 pontos percentuais acima do resultado de novembro (43%).

12% enxergam o trabalho do ministro como negativo (eram 12% em novembro) e 38%, como regular (eram 33%).

Para 51% os agentes do mercado financeiro ainda, Haddad está mais forte do que no começo do mandato; 35%, o veem como igual; e 14%, como menos forte no mesmo período.

Fernando Haddad e Lula

CLÁUDIO REIS/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO

Política econômica

A pesquisa indica também como os entrevistados enxergam a expectativa em relação ao desempenho da economia, do Produto Interno Bruto (PIB), da inflação, do déficit público e da taxa de juros.

Veja os números:

O que vai acontecer com a economia nos próximos 12 meses

47% acham que ficará do mesmo jeito (era 24% em novembro);

32% acham que vai piorar (eram 55%);

21%, que vai melhorar (eram 21%).

Sobre o PIB de 2024

58% acham que vai crescer 1,78%;

32%, que vai crescer mais que 1,78%;

10% , menos que 1,78%.

Sobre a inflação:

46% acham que vai ficar menor que a de 2023;

36% , que será semelhante;

19%, que vai ficar maior.

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerada a inflação oficial do país, está na casa dos 4,50%, no acumulado de 12 meses. Em 2023, o indicador fechou o ano em 4,62%.

Sobre a previsão do governo de zerar o déficit público em 2024:

99% acham que o governo não vai conseguir (eram 100% em novembro);

1% acha que sim.

Sobre a taxa de juros, que hoje está em 11,25%

20% acham que terminará 2024 em 9,75% ou mais;

22% acham que terminará em 9,5%;

21%, que terminará em 9,25%;

20%, que terminará em 9%;

6%, que terminará em 8,75%;

11%, que terminará em 8,5% ou menos.

O Comitê de Política Monetária (Copom) deve anunciar nesta quarta-feira (20) o novo patamar dos juros. A expectativa do mercado é que vá para 10,75% (veja abaixo os patamares anteriores).

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