No Vaticano, papa Francisco renovou seu pedido por um cessar-fogo durante celebrações de Páscoa neste domingo. O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste sábado (28) que a operação por terra em Gaza inicia a '2ª fase da guerra' ao HamasAbir Sultan/Pool Photo via APO primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo (31) que o grupo terrorista islâmico Hamas está endurecendo suas posições nas negociações para uma trégua em Gaza e para a troca de reféns israelenses por palestinos detidos nas penitenciárias de Israel."Enquanto Israel demonstra flexibilidade nas suas posições nas negociações, o Hamas está endurecendo as suas posições", disse Netanyahu em uma entrevista coletiva.A fala do primeiro-ministro israelense ocorre em um contexto de negociações sobre um cessar-fogo no território palestino — que se estendem, pelo menos, desde dezembro de 2023.A ofensiva militar de Israel na Palestina teve início em outubro do ano passado, após terroristas do Hamas invadirem o território israelense e matarem centenas de pessoas.O conflito entre Hamas e Israel também foi tema tratado pelo papa Francisco neste domingo, durante as celebrações de Páscoa. Em sua homilia, o pontífice renovou seu pedido por um cessar-fogo na Faixa de Gaza."Peço de novo que o acesso de ajuda humanitária em Gaza seja garantido. E exorto, de novo, a libertação rápida dos reféns sequestrados em 7 de outubro", disse.Em mensagem de Páscoa, Papa pede cessar-fogo em GazaA cerimônia, que marca a data mais importante da Igreja Católica, começou às 10h no horário local (5h em Brasília). O papa chegou de cadeira de rodas ao local. Depois da missa, saudou os fiéis a bordo do papamóvel, entre abanos e sorrisos.O pontífice de 87 anos participou da cerimônia após cancelar, na última sexta-feira (29), sua presença nas celebrações da Via Sacra – uma decisão tomada para preservar a sua saúde para o fim de semana carregado de atividades, informou o Vaticano.Resolução de cessar-fogo em conselho da ONU Na última segunda-feira (25), o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução de cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.O texto, feito por um grupo de dez países com assento rotativo no Conselho de Segurança liderados por Moçambique, foi o primeiro a ser aprovado sobre um cessar-fogo no território palestino.ONU exige cessar-fogo imediato em GazaA validação da resolução, no entanto, não é uma solução para a guerra. O desafio agora é garantir que os atores envolvidos nela - o governo de Israel e o grupo terrorista - cumpram as determinações exigidas no texto da ONU.Isso porque, embora as resoluções do Conselho de Segurança sejam juridicamente vinculativas, na prática acabam ignoradas por muitos países. O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu que o governo israelense acatasse a decisão do conselho.Em janeiro deste ano, a Corte Internacional de Justiça (CIJ) já havia decidido que o governo de Israel tomasse todas as medidas cabíveis para "prevenir um genocídio" na Faixa de Gaza. Na ocasião, no entanto, a Corte não acolheu um pedido de cessar-fogo imediato nos conflitos em território palestino.A sentença foi uma decisão inicial em resposta ao processo aberto pela África do Sul acusando Israel de estar cometendo genocídio com os bombardeios na Faixa de Gaza. O governo sul-africano pedia, entre outras medidas, uma medida cautelar estipulando uma pausa imediata nos ataques.