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Netanyahu acusa Hamas de 'endurecer' posições na negociação para trégua em Gaza

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Por Redação em 31/03/2024 às 17:02:43
No Vaticano, papa Francisco renovou seu pedido por um cessar-fogo durante celebrações de Páscoa neste domingo. O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste sábado (28) que a operação por terra em Gaza inicia a '2ª fase da guerra' ao Hamas

Abir Sultan/Pool Photo via AP

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo (31) que o grupo terrorista islâmico Hamas está endurecendo suas posições nas negociações para uma trégua em Gaza e para a troca de reféns israelenses por palestinos detidos nas penitenciárias de Israel.

"Enquanto Israel demonstra flexibilidade nas suas posições nas negociações, o Hamas está endurecendo as suas posições", disse Netanyahu em uma entrevista coletiva.

A fala do primeiro-ministro israelense ocorre em um contexto de negociações sobre um cessar-fogo no território palestino — que se estendem, pelo menos, desde dezembro de 2023.

A ofensiva militar de Israel na Palestina teve início em outubro do ano passado, após terroristas do Hamas invadirem o território israelense e matarem centenas de pessoas.

O conflito entre Hamas e Israel também foi tema tratado pelo papa Francisco neste domingo, durante as celebrações de Páscoa. Em sua homilia, o pontífice renovou seu pedido por um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

"Peço de novo que o acesso de ajuda humanitária em Gaza seja garantido. E exorto, de novo, a libertação rápida dos reféns sequestrados em 7 de outubro", disse.

Em mensagem de Páscoa, Papa pede cessar-fogo em Gaza

A cerimônia, que marca a data mais importante da Igreja Católica, começou às 10h no horário local (5h em Brasília). O papa chegou de cadeira de rodas ao local. Depois da missa, saudou os fiéis a bordo do papamóvel, entre abanos e sorrisos.

O pontífice de 87 anos participou da cerimônia após cancelar, na última sexta-feira (29), sua presença nas celebrações da Via Sacra – uma decisão tomada para preservar a sua saúde para o fim de semana carregado de atividades, informou o Vaticano.

Resolução de cessar-fogo em conselho da ONU

Na última segunda-feira (25), o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução de cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.

O texto, feito por um grupo de dez países com assento rotativo no Conselho de Segurança liderados por Moçambique, foi o primeiro a ser aprovado sobre um cessar-fogo no território palestino.

ONU exige cessar-fogo imediato em Gaza

A validação da resolução, no entanto, não é uma solução para a guerra. O desafio agora é garantir que os atores envolvidos nela - o governo de Israel e o grupo terrorista - cumpram as determinações exigidas no texto da ONU.

Isso porque, embora as resoluções do Conselho de Segurança sejam juridicamente vinculativas, na prática acabam ignoradas por muitos países. O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu que o governo israelense acatasse a decisão do conselho.

Em janeiro deste ano, a Corte Internacional de Justiça (CIJ) já havia decidido que o governo de Israel tomasse todas as medidas cabíveis para "prevenir um genocídio" na Faixa de Gaza. Na ocasião, no entanto, a Corte não acolheu um pedido de cessar-fogo imediato nos conflitos em território palestino.

A sentença foi uma decisão inicial em resposta ao processo aberto pela África do Sul acusando Israel de estar cometendo genocídio com os bombardeios na Faixa de Gaza. O governo sul-africano pedia, entre outras medidas, uma medida cautelar estipulando uma pausa imediata nos ataques.
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