Família aponta que houve negligência e demora de funcionários da unidade. Secretaria de Saúde apura o caso. O Ministério Público abriu uma investigação para saber como foi o atendimento prestado a Sebastião Marinho, de 64 anos, que morreu dentro da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Jardim do Sol, em Londrina, norte do Paraná.
O homem morreu no dia 2 de abril, quando passou mal ao sair do trabalho. A família ligou diversas vezes para o Samu, mas a ambulância demorou.
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O filho dele, Diego Marinho, reclamou que o pai teve que passar pela triagem logo que chegou na UPA, e não foi levado diretamente para uma sala de emergência.
Sebastião Marinho tinha 64 anos e morreu em UPA de Londrina (PR)
Reprodução/Arquivo pessoal
Sebastião convulsionou e os funcionários tentaram reanimá-lo, mas ele tinha morrido.
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Promotora pede documentos
O procedimento administrativo foi aberto pela promotora Susana de Lacerda na última sexta-feira (5), após reportagem exibida pela RPC.
Ela deu 10 dias para que a Secretaria de Saúde de Londrina, responsável pela UPA, forneça documentos do paciente, como o prontuário médico, e a relação dos nomes dos profissionais que atenderam ele.
O Ministério Público informou que, dependendo da análise dos documentos, pode pedir a instauração de inquérito para a Polícia Civil.
Em nota, a polícia disse que não iniciou nenhuma investigação porque não foi notificada do caso.
O que diz a Secretaria de Saúde
A secretaria criou uma comissão médica para "avaliar todo o processo de atendimento do paciente".
Em nota, explicou que a equipe do Samu constatou que Sebastião estava "estável, com todos os sinais vitais normais: pressão, batimento cardíaco e temperatura".
Diferente do que afirmam os filhos dele, a Secretaria de Saúde disse que, após o mal súbito, o homem "prontamente" foi levado para a sala de emergência".
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