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PMs alvos de operação contra lavagem de dinheiro já foram condenados como chefes de organização criminosa

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Por Redação em 22/04/2024 às 13:42:50
Na semana passada, os dois tiveram cerca de R$ 3,4 milhões em bens sequestrados pela Polícia. Mas esta não é a primeira vez que os dois são alvo de uma operação policial Um dos militares investigados foi preso em flagrante cem posse de arma de fogo de uso restrito.

Polícia Civil/ Divulgação

Os dois policiais militares alvos de uma operação da Polícia Civil na última semana para desarticular um esquema de lavagem de dinheiro já foram condenados pela Justiça a cerca de 60 anos de prisão cada um por atuarem como chefes de uma organização criminosa que traficava drogas, vendia armas e praticava extorsão no Ceará.

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Os alvos da operação do dia 16 de abril foram subtenente Luiz André Galdino da Silva, de 48 anos, e o soldado Jediel Costa Marcelino da Silva, de 32 anos. Segundo a investigação da Polícia Civil, o esquema desmantelado na semana passada rendeu aos dois um montante de bens avaliados em mais de R$ 3,4 milhões. Jediel chegou a ser preso, mas foi solto mediante pagamento de fiança.

Esta, porém, não foi a primeira vez que Luiz André e Jediel foram alvo de uma operação da Polícia. Em setembro de 2020, os dois estavam entre os alvos da Operação Gênesis, que investigava uma organização criminosa formada por policiais e membros de facção criminosa de origem carioca.

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Segundo o Ministério Público do Ceará, a organização criminosa era integrada, em sua maioria, por agentes e ex-agentes de segurança pública do Ceará, além de pequenos e médios traficantes locais. E, segundo a Justiça, Luiz André e Jediel eram os líderes da organização criminosa formada por policiais e que atuava junto à facção criminosa.

Conforme a sentença da Vara de Delitos de Organizações Criminosas, em Fortaleza, a organização dos dois policiais roubava as drogas apreendidas pela Polícia e destinava novamente ao tráfico. O mesmo acontecia com as armas: as armas apreendidas em operações policiais eram roubadas pelo grupo e revendidas no comércio ilegal.

No caso das extorsões, os alvos dos policiais eram cuidadosamente escolhidos entre traficantes com considerável poder aquisitivo ou que já tinham alguma passagem pela polícia, o que facilitava as exigências, as abordagens e o alcance das vantagens almejadas pelo grupo.

Em novembro de 2022, Luiz André foi condenado a 67 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, por integrar organização criminosa, por porte ilegal de armas e por extorsão. No mesmo mês, Jediel foi condenado 58 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de tráfico de drogas, por integrar organização criminosa e por extorsão.

Os dois foram também foram condenados a perder o cargo de policial militar. A prisão deve ser cumprida em regime fechado, no entanto, os dois puderam recorrer da sentença em liberdade.

Lavagem de dinheiro

Entre os bens sequestrados na operação estão veículos de luxo, imóveis e uma academia de musculação.

Polícia Civil/ Divulgação

Na operação do último dia 16 de abril, Luiz André e Jediel foram alvos da Operação Exaurimento, da Polícia Civil, que cumpriu seis mandados de busca e apreensão, três mandados de sequestro de veículos e sete mandados de sequestro de imóveis nos bairros Cambeba, Cidade dos Funcionários e Parque Santa Maria. Também foi realizado o bloqueio de contas bancárias e investimentos dos dois.

Entre os bens sequestrados estão três veículos de luxo, um imóvel do tipo quadriplex, um terreno em loteamento de condomínio de alto padrão, dois imóveis do tipo "duplex", além de um galpão onde funciona uma academia de musculação.

Durante a operação, Jediel foi preso em flagrante por posse irregular de arma de fogo de uso permitido. Ele foi conduzido para a Delegacia de Combate aos Crimes de Lavagem de Dinheiro (DCLD), onde foi autuado. Ele foi solto após pagar fiança.

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