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Primeiro-ministro do Haiti assina renúncia abre caminho para transição após meses de violência

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Por Redação em 25/04/2024 às 11:45:48
Ainda nesta quinta-feira (24), um gabinete de transição deve ser empossado em Port-au-Prince. Desde fevereiro, o país vive caos político e social, com gangues armadas tomando conta das ruas, fechando o aeroporto e matando ou ferindo mais de 2.500 pessoas. Guarda vigia Villa d'Accueil, a sede do governo do Haiti, em Port-au-Prince

Ralph Tedy Erol/Reuters

O primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, renunciou nesta quinta-feira (25) ao cargo, deixando o caminho livre para a formação de um novo governo no país caribenho, que foi devastado pela violência de gangues que matou ou feriu mais de 2.500 pessoas entre janeiro e março.

Henry apresentou sua renúncia em uma carta assinada em Los Angeles, datada de 24 de abril, e divulgada por seu gabinete, no mesmo dia em que um conselho encarregado de escolher um novo primeiro-ministro e gabinete para o Haiti deverá ser empossado.

O conselho deve ser instalado mais de um mês depois de os líderes caribenhos terem anunciado a sua criação, na sequência de uma reunião de emergência para enfrentar a crescente crise no Haiti.

Espera-se também que o conselho de nove membros, dos quais sete têm poder de voto, ajude a definir a agenda de um novo Gabinete. O órgão também tem as funções de nomear uma comissão eleitoral provisória e estabelecer um conselho de segurança nacional.

No último dia 29 de fevereiro, gangues armadas lançaram ataques coordenados na capital, Port-au-Prince, e arredores. Eles queimaram delegacias e hospitais, abriram fogo contra o principal aeroporto internacional -- que permanece fechado desde o início de março -- e invadiram as duas maiores prisões do Haiti, libertando mais de 4.000 presos.
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