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Ex-PM Ă© condenado a mais de 16 anos de prisão por matar cinegrafista dentro de bar em Imperatriz

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Por Redação em 25/04/2024 às 15:31:37
A vítima foi morta com cinco tiros no dia 29 de novembro de 2014, no bar Flor do Caranguejo, situado na Rua Monte Castelo, no Centro de Imperatriz, na região tocantina. Ex-PM é condenado a mais de 16 anos de prisão por matar cinegrafista dentro de bar em Imperatriz

Reprodução/TV Mirante

O ex-policial militar Jean Claude dos Reis Apinage, conhecido como "Soldado Reis", foi condenado pelo Tribunal do Júri a 16 anos e sete meses de prisão, pelo assassinato do cinegrafista José Ribamar Carvalho Filho, de 48 anos.

Carvalho, como era conhecido a vítima, foi morto com cinco tiros no dia 29 de novembro de 2014, no bar Flor do Caranguejo, situado na Rua Monte Castelo, no Centro de Imperatriz, na região tocantina.

Segundo o inquérito policial, Carvalho se encontrava no bar, por volta das 19h30, acompanhado das filhas e de uma amiga, quando o Soldado Reis teria entrado no local com uma arma em punho e, sem qualquer discussão, teria apontado a arma para a vítima, que teria corrido até um beco no quintal do imóvel, onde, encurralada, foi alvejada com cinco disparos de arma de fogo.

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Conforme o laudo da perícia, todos os tiros acertaram as costas e nádegas da vítima, comprovando que o ataque não permitiu recurso de defesa.

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A filha de Carvalho informou à polícia que, ao se dirigir ao local onde seu pai foi alvejado, confrontou com o autor do crime, que ainda chegou a mirá-la com a arma de fogo. Em depoimento, a filha acrescentou que o denunciado usava capacete, blusa e bermuda pretas, além deter uma faixa branca no braço direito.

As informações policiais revelaram que uma testemunha relatou que, minutos antes do assassinato, observou a chegada de um homem em uma motocicleta Tornado, trazendo um pano branco no braço. Disse que, em seguida, ouviu vários disparos de arma de fogo e percebeu que o mesmo homem deixou o local na motocicleta.

Também em depoimento, o denunciado admitiu possuir uma motocicleta Tornado amarela e uma pistola calibre ".380", iguais às utilizadas pelo assassino da vítima'. Acrescentou, ainda, ser viciado em drogas associadas a medicamentos psicotrópicos, sob efeito dos quais estava no dia dos fatos. Afirmou, por fim, não se recordar dos acontecimentos ocorridos no dia do crime.

A denúncia relatou que as circunstâncias comprovam que o ex-policial agiu por motivo fútil, desproporcional, por vingança, pelo fato de Carvalho ter representado contra ele, por causa dos desvios funcionais que o ex-PM teria praticado ao agredir seus sobrinhos durante abordagens policiais.

Carvalho desempenhava a função de produtor e coordenador da afiliada da TV Record no município de Imperatriz e também trabalhava como cinegrafista.

PM acusado de matar cinegrafista em Imperatriz é condenado a mais de 16 anos de prisão

O julgamento, realizado nessa quarta-feira (24), no Fórum de Imperatriz, foi presidido pela juíza Edilza Barros, titular da 1ÂȘ Vara Criminal de Imperatriz. Com a condenação do réu, a juíza estipulou a pena de 16 anos e sete meses de prisão, a ser cumprida, inicialmente, em regime fechado.
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