TV NEWS

Governo Milei tira canal estatal venezuelano da TV digital aberta argentina; Maduro fala em censura

.

Por Redação em 09/05/2024 às 20:51:16
'Milei tem medo da Telesur', afirmou Nicolás Maduro, o presidente da Venezuela. O sinal ainda vai ser exibido na TV fechada da Argentina. Nicolás Maduro em 1º de maio de 2024

Leonardo Fernandez Viloria/Reuters

O governo de Javier Milei, da Argentina, tirou da grade de TV digital aberta o canal Telesur, controlado pelo governo da Venezuela. Na terça-feira (7), o presidente venezuelano, Nicolás Maduro chamou a decisão de censura.

"Milei tem medo da Telesur. A Telesur vai puxar suas patas. O povo vai ver a Telesur pelas redes sociais, ele não vai poder censurar a Telesur", afirmou Maduro em uma transmissão.

? Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp

O sinal da Telesur deixará de ser transmitido na grade da TV digital aberta no dia 1º de julho, mas continuará a constar na TV paga.

Segundo o jornal "Clarín", hoje, os países que são sócios da Telesur são:

Venezuela,

Cuba e

Nicarágua.

A Telesur foi fundada pelo ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, e a Argentina chegou a ser sócia da empresa --o país teve 14% das ações, que foram vendidos pelo governo em 2016, quando Mauricio Macri estava no poder.

Na mesma gestão, a Telesur foi retirada da grade de TV digital, mas quando Alberto Fernández, de esquerda, assumiu o poder, e, em 2020, recolocou o sinal do canal no ar.

O governo de Milei tem feito cortes de gastos, e os canais de TV estatais foram atingidos.

Greve na Argentina

Nesta quinta-feira (9), houve uma greve geral contra as políticas de ajuste de Milei. As ruas ficaram semidesertas, com o comércio aberto, mas sem clientes, pouco transporte público e escolas fechadas em Buenos Aires. Foi uma paralisação de 24 horas em protesto contra a lei de reformas econômicas que está sendo discutida no Senado.

Os principais terminais ferroviários ficaram vazios, de voos foram cancelados e apenas poucas linhas de ônibus circulavam.

Não aconteceram passeatas ou atos públicos em Buenos Aires, mas em províncias como Córdoba, Río Negro e Chubut, grupos de grevistas foram às ruas.
Comunicar erro
SPJ JORNAL 2