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É #FAKE que vĂ­deo mostre agressão a prefeito de Canoas em ginĂĄsio no Rio Grande do Sul

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Por Redação em 13/05/2024 às 20:40:51
Na verdade, as cenas foram gravadas durante tumulto em uma assembleia sindical no Ceará, no início de abril, e não envolvem o prefeito Jairo Jorge (PSD) do município gaúcho. Mesma fake news circulou associada ao ministro Paulo Pimenta. É #FAKE que vídeo mostre agressão a prefeito de Canoas

Arte/g1

Um vídeo de um tumulto num ginásio circula nas redes sociais como se fossem uma agressão a Jairo Jorge (PSD), prefeito do município gaúcho de Canoas, um dos locais atingidos pela tragédia no estado do Rio Grande do Sul. É #FAKE.

g1

Um dos textos diz: "O prefeito de Canoas Jairo Jorge baixou um decreto que todos deveriam doar primeiro para a prefeitura, depois a prefeitura faria as doações [...] Não deu outra, a população expulsou do local dos desabrigados".

O município de Canoas está localizado na Região Metropolitana de Porto Alegre e ficou com grande parte de seu território submerso pelas enchentes que atingem o estado gaúcho.

Uma busca pela origem das imagens mostra que elas já estão publicadas na internet desde 4 abril de 2024 — antes, portanto, de 29 de abril, quando começaram as primeiras chuvas no Rio Grande do Sul.

O vídeo não foi tampouco gravado no Rio Grande do Sul, mas sim em Fortaleza, no Ceará. As cenas mostram confronto durante uma assembleia de professores. O g1 registrou a confusão na ocasião. As imagens também aparecem em perfis nas redes sociais: veja aqui e aqui.

Questionada pelo g1, a Prefeitura de Canoas afirmou que o vídeo é falso e que já havia sido utilizado para produzir outras fake news relacionadas à tragédia do estado gaúcho. Uma delas, que envolvia o ministro Paulo Pimenta, da Secretaria da Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, foi checada e desmentida pelo Fato ou Fake na última semana.

Com relação ao decreto mencionado no texto que circula nas redes, o Fato ou Fake constatou tratar-se de uma fake news, e o executivo municipal negou que ele seja verdade.

No dia 2 de maio, a prefeitura publicou um Decreto de Requisição Administrativa, um instrumento previsto na Constituição Federal que autoriza o poder público a utilizar bens privados de forma temporária "em casos excepcionais e urgentes", com indenização garantida aos proprietários. Neste caso, os bens em questão são itens de higiene, de limpeza e de cestas básicas.

"Em hipótese alguma, a Requisição Administrativa se aplica a doações de pessoas físicas, instituições públicas ou privadas, instituições religiosas ou qualquer formato de doação. A modalidade de compra rápida não tem a ver com o confisco de doação, portanto, a informação de que isso está acontecendo é uma mentira. Isso não ocorreu na cidade de Canoas", disse a prefeitura por meio de nota.

Fato ou Fake Explica:

VEJA outras checagens feitas pela equipe do FATO ou FAKE

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