Moscou aproveitou demora para chegada de ajuda dos EUA, que aprovaram novo pacote em abril. Tropas russas tentam agora conquistar Kharkiv, a 2ª maior cidade ucraniana. O cenário de estagnação que marcou a guerra da Ucrânia durante cerca de um ano ficou para trás. Aproveitando a demora da chegada de mais ajuda do Ocidente para tropas ucranianas, a Rússia conseguiu avançar sobre frentes de batalha no leste, criou novas no norte e agora se aproxima da conquista da segunda maior cidade ucraniana.
Segundo o Instituto para o Estudo da Guerra, think tank dos Estados Unidos que monitora diariamente a situação nas frentes de batalha da guerra na Ucrânia, as forças russas têm avançando principalmente na cidade de Kharkiv.
Além de ser a maior cidade depois da capital Kiev, Kharkiv é também um importante centro industrial e científico da Ucrânia, além de ter se tornado um dos símbolos da resistência na guerra. As tropas locais foram as que mais resistiram a ataques russos ao longos dos mais de dois anos de guerra.
As forças do Kremlin procuram explorar a escassez de munições e de mão-de-obra da Ucrânia depois de o fluxo de ajuda militar ocidental para Kiev ter diminuído nos últimos meses e antes da chegada de novo apoio prometido. Num post na X Friday, Zelenskyy disse: "Nem todos os nossos parceiros estão atualmente cumprindo os acordos em tempo hábil", embora não tenha especificado quais.
O exército ucraniano está na defensiva ao longo da linha de frente de cerca de 1.000 quilómetros (620 milhas) e está a lutar para construir linhas defensivas fortificadas antes do que as autoridades acreditam ser uma ofensiva russa maior. As forças da Ucrânia estão em menor número em infantaria, blindados e munições.
Nos primeiros dias da guerra, a Rússia fez uma tentativa fracassada de atacar rapidamente Kharkiv, mas recuou um mês depois. Sete meses depois, o exército da Ucrânia expulsou as forças do Kremlin de Kharkiv no Outono de 2022. O ousado contra-ataque ajudou a persuadir os países ocidentais de que a Ucrânia poderia derrotar a Rússia no campo de batalha e merecia apoio militar.
Fim do cenário de estagnação
Em 2023, como já previam especialistas e institutos ambos os lados não conseguiram avançar de forma significativa nas frentes de batalha, que acabaram fechando o ano como começaram, com tropas russas sobre cerca de 20% do território ucraniano.
A contraofensiva da Ucrânia lançada em meados de 2023 com forte respaldo militar e financeiro dos Estados Unidos e da Europa, avançou menos do que o esperado. Por outro lado, a Rússia