Segundo a Polícia Civil, o material genético de Ronaldo Nobre dos Santos foi encontrado em pelo menos seis vítimas. Ronaldo Nobre dos Santos, conhecido como 'Coxinha'
TV Globo/ Reprodução
Um homem, de 44 anos, suspeito de cometer estupros em série e que estava foragido da Justiça desde 2018, foi preso após buscar atendimento no Hospital de Pronto Socorro João XXIII, em Belo Horizonte. O material genético de Ronaldo Nobre dos Santos, conhecido como "Coxinha", foi encontrado em pelo menos seis vítimas, segundo a Polícia Civil.
O criminoso já foi condenado a mais de 22 anos de prisão pela prática de um estupro, um homicídio, dois roubos, dois furtos e uma ameaça. Ele chegou a ser detido, mas, em 2018, quando estava no regime semiaberto, fugiu e não foi mais localizado.
Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), durante o período em que ficou foragido, Ronaldo teria cometido outros estupros. Ele agia principalmente na Região Oeste de Belo Horizonte.
"Ele abordava as vítimas com uma faca, era violento, fazia ameaças de morte. Quando a vítima reagia, ele chegava a cortar. Posteriormente, saía do local dos fatos com pertences das vítimas", explicou a promotora de Justiça Paloma Coutinho Carballido.
O suspeito tinha sido inserido na lista de procurados do MPMG e acabou sendo preso, nesta terça-feira (23), após denúncia. Ele deu entrada no Hospital João XXIII no dia 17 de julho, sem documentação, e disse que caiu de uma árvore.
Banco de DNA
Banco de perfis genéticos da polícia civil ajuda na prisão de homem condenado por diversos crimes em BH
Nesta quarta-feira (24), a Polícia Civil indiciou Ronaldo Nobre dos Santos em mais uma investigação, por estupro e tentativa de feminicídio. A vítima, de 50 anos, foi agredida em 2021 com várias facadas, e o material genético do suspeito foi identificado no caso.
"O banco de perfis genéticos de Minas, da Polícia Civil, é hoje o maior banco do Brasil. A gente coleta muitas amostras de condenados por crimes graves e vai armazenando nesse banco e, paralelamente, faz análises de amostras de locais de crime", explicou o chefe do laboratório de DNA da Polícia Civil de MG, perito criminal Giovanni Vitral Pinto.
A delegada Larissa Mascotte, da delegacia especializada de combate à violência sexual, acredita que o suspeito tenha cometido outros estupros ainda não denunciados e orienta que as vítimas procurem a polícia.
"Agora que esse rosto está sendo divulgado e a gente já sabe que ele é autor de pelo menos seis estupros, é importante que vítimas que, por acaso, não tenham procurado a polícia ou que tenham procurado a polícia e, na época, a autoria não ficou definida, que tentem fazer o reconhecimento. E, caso elas reconheçam esse suspeito como autor dos fatos, que procurem uma delegacia especializada e peçam providências".
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