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'Ele não pode ficar solto', diz mulher sobre cientista polĂ­tico que saiu da cadeia 15 dias após prisão por estupro, cĂĄrcere privado e tortura

Lucas José Dib, de 35 anos, ficou preso por duas semanas suspeito de manter uma turista sob cárcere e tortura durante 18 horas.

Por Redação em 08/08/2024 às 03:08:33
Foto: X.com

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Lucas José Dib, de 35 anos, ficou preso por duas semanas suspeito de manter uma turista sob cárcere e tortura durante 18 horas. A mulher sofreu violência física e sexual. Outras mulheres denunciaram o homem. Veja relatos de vítimas de cientista político preso por estupro e tortura

As mulheres que acusam o cientista político Lucas José Dib, de 35 anos, de violência sexual e tortura relatam que sentem medo com o fato dele estar em liberdade. O homem foi solto depois de uma decisão da Justiça no início de maio. Na ocasião, ele tinha passado 15 dias preso por estupro, cárcere privado e tortura contra uma turista que passava férias no Rio.

Na época, ela relatou ter sido torturada durante 18 horas e violentada física e sexualmente.

Três mulheres, que o conheceram em anos e estados diferentes o classificam como um homem violento, abusivo e um torturador e estuprador em série. Uma delas, com quem ele namorou por pouco tempo há anos, conta que ainda dorme com uma faca ao lado da cama com medo que ele a encontre.

"Ele destruiu minha identidade, minha personalidade. Os únicos dias mais tranquilos da minha vida em relação a ele foram os dias que eu sabia que ele estava em Bangu [preso]. Desde que ele foi solto eu durmo com medo, com uma faca do lado da cama", destaca ela.

O Ministério Público do Rio pediu a prisão de Lucas José Dib pelo caso da turista e o classificou como um predador sexual. Ele responde por estupro, cárcere privado, tortura, ameaça e injúria. Mas, a Justiça decidiu que a espera pela sentença será em liberdade – o MP recorreu.

Uma outra mulher, com quem ele se relacionou há 10 anos, classifica ele como "violador em série" e que "não tem condições de viver em sociedade".

"Uma vez eu não estava fazendo o que ele queria, porque eu já não estava mais respondendo, ele passou a rasteira em mim, no chão da sala, tirou minha roupa e me estuprou ali mesmo", conta.

"Eu não queria que mais nenhuma menina passasse por isso. Eu tenho certeza de que ele não pode ficar solto, é um psicopata que gosta muito da dor", afirma ela.

Já a turista espera por justiça.

"Todos os dias eu lembro disso, todos os dias eu sinto medo disso. Todos os dias me causa angústia. Mas eu acredito que é muito mais forte o propósito de fazer com que ele pague por isso, pelo que ele fez comigo, com outras mulheres", destaca.

A equipe de reportagem entrou em contato com a defesa de Lucas, mas não teve retorno.
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