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Dólar opera em leve baixa e Ibovespa sobe, com PIB e fiscal no radar

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Por Redação em 04/09/2024 às 10:59:31
A moeda norte-americana avançou 0,48%, cotada a R$ 5,6413. já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, recuou 0,41%, aos 134.353 pontos.

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O dólar opera em leve baixa nesta quarta-feira (4), com investidores ainda refletindo os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e novas falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. No segundo trimestre, a economia brasileira cresceu 1,4%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No cenário externo, os mercados esperam pela divulgação de novos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos nesta sexta-feira (6).

Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em queda.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

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Dólar

Às 10h20, o dólar caía 0,01%, cotado a R$ 5,6409. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda americana teve alta de 0,48%, cotada em R$ 5,6413.

Com o resultado, acumulou:

alta de 0,16% na semana e no mês;

avanço de 16,26% no ano.

Ibovespa

No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,71%, aos 135.305 pontos.

Na véspera, o índice fechou em baixa de 0,41%, aos 134.171 pontos.

Com o resultado o Ibovespa, acumulou:

recuo de 1,21% na semana e no mês;

ganho de 0,13% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?

O mercado segue repercutindo os resultados do PIB, que veio muito acima das projeções de crescimento de 0,9%. O Brasil registrou o 12º resultado positivo consecutivo do PIB em bases trimestrais. O saldo vem depois de a atividade econômica brasileira crescer 1% no 1º trimestre. O resultado anterior, de 0,8%, foi revisado pelo IBGE.

Ao passo em que as instituições financeiras começam a revisar suas projeções, o lado fiscal também fica no radar e investidores monitoram novas falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Ele afirmou em entrevista exclusiva à GloboNews nesta quartaque os dados positivos da economia divulgados recentemente são resultado de um "ciclo virtuoso" gerado por "ajustes no lugar certo".

"Tinha uma certa visão que dizia que o ajuste fiscal não era importante, que podia ser mais leniente com essa questão. E tinha outros economistas que diziam que o fiscal era importante, mas que o ajuste tinha de ser feito em programas sociais. Adotamos a visão que era importante, mas que tinha de ser feito em cima de quem deixou de pagar impostos", disse Haddad.

"Quando você faz o ajuste sobre os mais pobres, derruba o consumo e o investimento. Ninguém vai investir sem ter para quem vender. Agora a pessoa está investindo pois tem para quem vender. Brasil está crescendo com baixa inflação", afirmou.

O mercado também segue à espera de novos dados da economia norte-americana, com destaque para números do mercado de trabalho, que serão divulgados na sexta-feira (6).

A interpretação de analistas é que, se os números mostrarem uma desaceleração, poderão significar perdas para a economia dos Estados Unidos nos próximos trimestres. O cenário aumentaria as incertezas e levaria investidores a buscarem ativos mais seguros.

Atenções voltadas também para a próxima reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), em setembro, para decidir o futuro dos juros do país. A grande expectativa é que a instituição reduza as taxas.

Em agosto, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou, no Simpósio de Jackson Hole, que "chegou a hora" de cortar os juros dos Estados Unidos. A sinalização colabora com a melhora das perspectivas para investimentos de risco no mundo todo.

* Com informações da agência de notícias Reuters
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