A empresa suspeita de aplicar os golpes é a Rimucci Solar Systems. A suspeita é de que os golpes, somados, chegam ao valor de R$ 1,1 milhão. Empresa 'Rimucci Solar Systems', suspeita de aplicar golpes em Boa Vista
Caíque Rodrigues/g1 RR
A Polícia Civil deflagrou nesta terça-feira (3) uma operação contra a empresa "Rimucci Solar Systems" suspeita de aplicar golpes ao oferecer serviços de placas solares em Boa Vista. Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão na empresa e a suspeita é de que os golpes, somados, chegam a R$ 1,1 milhão.
A operação, batizada de Ícarus, cumpriu mandados de busca e apreensão em dois endereços, sendo um residencial e outro comercial, ligados ao dono. A empresa teria feito diversas vítimas na capital.
Durante a ação, foram apreendidos telefones celulares, notebooks, HDs, pendrives e anotações. O g1 procurou o dono da empresa, questionou se há o interesse em se posicionar e aguarda resposta.
Operação da Polícia Civil investiga suspeita de estelionato em empresa de energia solar
Divulgação/Polícia Civil
No dia 13 de agosto, dois empresários, o dono de uma construtora, de 53 anos, e o dono de um hotel, de 51, e uma mulher de 47, registraram um boletim de ocorrência relatando a suspeita de golpe. À época, a Rimucci informou que reconhece as falhas nos prazos de entrega, mas que trabalham para resolver a situação.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações apontam que o crime consistia na captação de clientes, que faziam um adiantamento do valor cobrado, mas não recebiam pelos serviços contratados.
Suspeita de golpe
Polícia Civil cumpre mandados de busca e apreensão para esclarecer estelionato cometido por meio de empresa
Divulgação/Polícia Civil
No mês passado, vítimas da empresa acionaram a Polícia Militar (PM) pois contrataram os serviços da empresa e chegaram a pagar valores iniciais, mas os serviços nunca foram iniciados:
O dono da construtora contratou o serviço no valor de R$ 58 mil e fez o pagamento no dia 18 de maio de 2024;
O dono da rede de hotelaria contratou o serviço no valor de R$ 1,3 milhão e chegou a pagar o valor inicial de R$ 790 mil. Ele fez o pagamento inicial no dia 10 de abril de 2024.
A mulher contratou o serviço no valor de R$ 36,2 mil em maio de 2024.
Quando os agentes chegaram na empresa, um caminhão estava retirando objetos da empresa com destino a Manaus, capital do Amazonas, o que gerou nos agentes da PM suspeitas de um golpe.
Na sede da empresa não estava presente o proprietário, mas apenas o gerente que informou à equipe policial que o proprietário estava viajando. Ele confirmou que a empresa tinha alguns serviços em atraso, mas que estaria se reorganizando em Manaus para "cumprir com os compromissos pendentes".
O nome da operação da Polícia Civil faz referência a um personagem mitológico, que caiu dos céus porque acreditou na possibilidade de voar em direção ao sol com asas de cera. Sua ambição e vaidade o levaram à queda.
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