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Tatu viraliza após 'pedir' comida em parque de MT; VÍDEO

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Por Redação em 05/09/2024 às 00:51:16
Especialistas alertam para os malefícios em dar comida a espécies silvestres. Tatu viraliza após 'pedir' comida em parque de MT

Um tatu-peba viralizou nas redes sociais após turistas filmarem o animal "pedindo" comida enquanto estavam almoçavam no Bosque Municipal de Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá . Na internet, o animal chamou a atenção de quase 200 mil pessoas desde a data da publicação do vídeo, nessa terça-feira (3), e o comportamento rendeu diversos comentários (assista acima).

Segundo o casal Ramieri Passos, de 46 anos, e Eliana Cardoso, de 31, o tatu já havia interagido com eles, assim que chegaram ao parque.

"Ele [o tatu] estava logo na entrada. Ficamos um tempo com ele, filmamos e seguimos. Uma funcionária do parque nos avisou que se fôssemos comer ali, ele poderia sentir o cheiro e pedir comida, e assim foi. O tatu ficou uns cinco minutos entorno das nossas pernas, depois ele se foi", contou Ramieri.

Segundo especialistas ouvidos pelo g1, não é recomendado dar alimentos a animais silvestres. De acordo com o biólogo Luiz Eduardo Saragiotto, o tatu se aproximou por ser algo habitual para ele, já que vive em um parque com bastante movimentação de pessoas.

"O tatu está habituado e deve estar acostumado a receber alimentos nesse local, ele acaba vendo [a interação] como uma possibilidade de obter comida. Não é uma prática que a gente recomenda, pois a alimentação humana é muito diferente da dele na natureza, [a comida] tem condimentos que podem trazer prejuízos para a saúde dele", explicou.

O biólogo Pablo Edini ressaltou que essa prática pode ser prejudicial tanto para os animais, quanto para os humanos, através da contaminação cruzada, podendo causar até a morte de determinadas espécies.

"Uma espécie nativa pode transmitir uma doença para o ser humano, tanto quanto o ser humano pode transmitir para aquele animal. Bactérias e vírus que são comuns para nós, como a herpes, pode acabar matando muitas espécies. Macacos, por exemplo, não têm capacidade nenhuma de lidar com o vírus", alertou.

Os especialistas afirmaram também que os animais podem ficar tão habituados a serem alimentados por humanos, que corre o risco deles perderem o interesse em fazer suas funções ecológicas, que eles são designados para cumprir na cadeia alimentar, como se alimentar de sementes e caçar para controlar populações.

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Casal aventureiro

Ramieri Passos e Eliana Cardoso estão viajando pelo mundo desde o dia 17 de julho

Arquivo pessoal

O casal de professores, que registrou o tatu, veio do Rio de Janeiro e está pela primeira vez em Mato Grosso. A viagem faz parte de um sonho que eles estão realizando desde o dia 17 de julho deste ano, quando deixaram de lado a profissão, fizeram uma reserva financeira e subiram no motorhome, uma casa sobre rodas, para explorar o mundo.

"Saímos do Rio e estamos subindo. A ideia é viajar por cinco anos: um ano pelo Brasil, um pela América do Sul e três anos fora das Américas, vamos ver como será isso. Caso os planos não derem certo, voltamos para a sala de aula", relatou.

Ramieri e Eliana estão registrando a experiência pelo mundo nas redes sociais, o casal está em Sapezal, a 473 km de Cuiabá, no momento da publicação desta reportagem, onde já receberam a visita de uma arara-canindé.

Arara-canindé registrada pelo casal, em Sapezal

Ramieri Passos e Eliana Cardoso

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*Estagiária sob a supervisão de Kessillen Lopes
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