Candidatos Márcio Canella e Marquinhos da Farmácia não compareceram. Participaram Assis Freiras, Matheus do Waguinho e Vinicius Crânio. Candidatos à Prefeitura de Belford Roxo no debate do g1
Stephanie Rodrigues/g1
O debate promovido pelo g1 nesta quinta-feira (5) entre candidatos à Prefeitura de Belford Roxo foi marcado por perguntas sobre segurança pública, educação e pela ausência dos candidatos Marcio Canella (União) e Marquinhos da Farmácia (MDB).
Assis Freitas (PSD); Matheus do Waguinho (Republicanos) e Vinicius Cranio (PSOL), participaram do debate.
O g1 convidou candidatos a prefeito de partidos, coligações ou federações que contam com 5 ou mais representantes no Congresso Nacional (deputado federal ou senador), obedecendo às regras estabelecidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a realização de debates nesta eleição.
As regras dos debates foram apresentadas e aceitas por representantes dos candidatos em reuniões realizadas na sede da TV Globo no Rio de Janeiro.
Os candidatos debateram em 5 blocos de perguntas, com 3 de temas determinados e 2 de tema livre. Como dois candidatos faltaram ao debate, houve um 6º bloco, de tema livre. Após o último bloco, houve tempo para considerações finais.
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Segurança
O debate começou com uma sequência de perguntas sobre segurança pública.
Matheus do Waguinho se queixou do "abandono" do atual governador com a questão da segurança na cidade e disse que vai investir na educação para melhorar a segurança, com cursos profissionalizantes e pré-vestibular. Também disse que tem um projeto de câmeras de segurança com reconhecimento facial espalhado pela cidade. Ele aproveitou para criticar o candidato ausente Márcio Canella.
Vinicius Crânio afirmou que" antes do tiroteio acontecer, o prefeito tem que chegar com os serviços básicos" e que a melhor forma de combater a violência é investir nos jovens, com esporte e lazer.
Assis seguiu uma linha parecida e afirmou que o problema na cidade não é a falta de policiais, mas de projeto na área da educação para acabar com medo e violencia.
Educação
Na sequência, os candidatos debateram propostas sobre a educação. Matheus disse que Waguinho construiu mais de 40 escolas e creches e conseguiu uma escola tecnica federal para a cidade e disse que terá um plano de carreira para os professores.
Vinicius lembrou o secretário de educação da cidade que foi preso pelo desvio de verbas da merenda - e posteriormente exonerado e pediu maior valorização para os professores.
Transporte
Os candidatos também debateram sobre transportes. Vinicius propôs mudanças nos ônibus e ciclovias interligando bairros, Supervia e Dutra, medida que, segundo ele, vai melhorar o trânsito de Belford Roxo.
Ele e Assis defenderam ainda a busca por tarifa zero no município. Assis também disse que a política para o transporte tem que integrar os modais alternativos.
Já Matheus afirmou que existe uma máfia do reboque na cidade e que ele, se eleito, irá combatê-la.
Saúde
Sobre saúde, Vinicius Crânio criticou a atual gestão, que apoia Matheus, dizendo que não existem unidades de alta complexidade e emergência suficientes na cidade e profissionais para atender toda a população.
Já Matheus afirmou que a cidade é referencia na saúde e atende pacientes de outros municipios.
Relação com o governo federal
Os candidatos disputaram durante o debate quem tinha relação mais estreita com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Assis afirmou que Lula o conhece, "mais do que ele mesmo". "A minha relação com o Governo Federal é de 36 anos. Defendemos tudo que o Governo Federal defende para o município. Ao contrário do que os que estão no comando da cidade", disse Assis.
Matheus do Waguinho tentou várias vezes se apresentar como candidato do Governo Federal e lembrou do apoio de Waguinho a Lula nas últimas eleições presidenciais. Também tentou desassociar Canella, que já foi vice de Waghinho, do atual chefe do executivo do município da Baixada: "Não existe Canella e Waguinho. Existe Waguinho, o nosso líder, que vem transformando a cidade de Belford Roxo. Vou trazer para a cidade o Super PAC, que vai asfaltar toda a cidade. Vão ser investidos quase R$ 3 bilhões", prometeu.
Já Vinicius tentou apelar para um argumento mais sentimental: "Quero dizer que eu amo ele [Lula], esse cabeça branca", afirmou Cranio (PSOL). Também disse que em épocas como durante a prisão do presidente os outros candidatos não o apoiaram.
Ausências no debate do g1 para a Prefeitura de Belford Roxo
Stephanie Rodrigues/g1