SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Justiça de São Paulo condenou, na segunda-feira (16), o empresário Thiago Brennand, 44, a 10 anos e seis meses de prisão por estupro, em crime ocorrido em 2016.
O réu está preso desde abril de 2023. Ele já foi considerado culpado em outros quatro processos por violência contra mulheres. As penas somam quase 30 anos.
A defesa de Brennand, representada pelo advogado Roberto Podval, diz que "a decisão não reflete as provas produzidas" e que "infelizmente os tempos são sombrios para a defesa".
Proferida pela Vara do Foro Central de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de São Paulo, a decisão desta segunda diz que a vítima sofreu múltiplos estupros praticados por Brennand durante três semanas, período em que estiveram num relacionamento.
Eles se conheceram no Instagram e marcaram um encontro. A princípio, a mulher quis ter relações sexuais com o acusado, mas diz ter percebido seu comportamento agressivo e tentado escapar. Foi quando, segundo o Ministério Público, Brennand começou a estuprá-la e gravar os atos.
Caso ela se negasse noutra oportunidade, ele ameaçava divulgar os vídeos. A vítima afirma ter ficado calada por isso, com medo de que sua filha tivesse acesso às gravações.
OUTRAS CONDENAÇÕES
Em outubro do ano passado, a Justiça de São Paulo condenou Brennand pelo estupro de uma mulher americana em Porto Feliz (cidade a 90 km de São Paulo). A pena inicial foi de 10 anos e 6 meses de prisão, depois reduzida para 8 anos e 6 meses.
Segundo a Promotoria, ele também teria afirmado ter gravado cenas íntimas da mulher, passando a ameaçá-la com a divulgação das imagens caso ela rompesse o relacionamento.
Em janeiro, Brennand foi condenado a 8 anos de prisão em outro processo sobre estupro. A vítima é uma massoterapeuta que o acusou de crime sexual em março de 2022 -segundo ela, o acusado teria forçado uma relação sem camisinha. Ele sempre negou as acusações.
No total, Brennand responde a nove processos criminais.