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Projeto do criador do ChatGPT que pretende escanear a íris da população mundial chega ao Brasil

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Por Redação em 12/11/2024 às 12:57:54

World inicia operação no Brasil com tecnologia que escaneia a íris para distinguir humanos de bots e combater perfis falsos no ambiente on-line. Ponto de escaneamento de íris criado pela World na Índia, em foto de 25 de julho de 2023

Reuters/Medha Singh

A World, projeto cocriado por Sam Altman, CEO da OpenAI, chega ao Brasil nesta quarta-feira (13) com a proposta de escanear a íris da população.

O projeto tem como objetivo auxiliar na distinção entre humanos e robôs criados por inteligência artificial. Entre os potenciais usos da inovação está a prevenção de perfis falsos em sites e redes sociais, por exemplo.

A empresa começa a coletar as íris de brasileiros interessados em dez pontos da cidade de São Paulo. A World afirma que os endereços estarão disponíveis a partir desta quarta em seu site.

A companhia não detalhou como são e quais são esses locais de coleta, mas disse que eles estarão espalhados em alguns shoppings da cidade. O registro é gratuito para todo os interessados, segundo a World.

Ainda não há prazo para ampliar para outras regiões do Brasil.

Além de Altman, o empresário Alex Blania também participa da iniciativa. Ambos são fundadores da Tools for Humanity, empresa responsável pela operação da World.

Apesar de não precisar manter imagens da íris de usuários, a World vem sendo criticada pela falta de detalhes sobre como vai tratar outras informações que coleta. Isso porque a sequência numérica gerada a partir da foto funciona como um dado biométrico, que é considerado sensível.

Como funciona a coleta da irís

Dispositivo usado para criar 'passaporte digital' da Worldcoin

Darlan Helder/g1

A "foto" da irís da pessoa é tirada com a câmera Orb (veja na imagem acima) e é usada para criar um código numérico para identificar cada usuário e, de acordo com a World, é apagada logo em seguida.

Segundo a organização, os usuários não precisam compartilhar nome, número de telefone, e-mail nem endereço. O sistema é mais seguro que o reconhecimento facial, diz Rodrigo Tozzi, gerente de operações da Tools for Humanity, parceira da World. Veja como é feita a coleta:

primeiro, os interessados devem baixar um aplicativo, chamado World App;

em seguida, é preciso agendar um horário em um dos locais de verificação;

depois, ela deve ir presencialmente até este local para que a câmera Orb capture uma imagem de alta resolução da íris;

após o registro, a "foto" é criptografada de ponta-a-ponta, enviada ao celular da pessoa e deletada da Orb, segundo a organização.

As ambições da empresa vão além e ela afirma que governos ao redor do mundo podem utilizar sua tecnologia em "processos democráticos globais". A iniciativa também defende que sua ferramenta pode abrir caminho para a criação de uma renda básica universal.

O que é a World

A World é uma rede de identificação digital, e seus fundadores afirmam que ela vai estimular a inclusão financeira em todo o mundo. A iniciativa alega que o escaneamento de íris é o único meio seguro de determinar a identidade de alguém entre bilhões de pessoas.

"Estamos vivendo uma nova era tecnológica. A inteligência artificial trará muitos benefícios, mas também grandes desafios, especialmente na diferenciação entre robôs e humanos", analisa Rodrigo Tozzi.

A estrutura da World tem três frentes:

World ID, como é chamado o passaporte digital que transforma o registro da íris em uma sequência numérica;

Token Worldcoin (WLD), a criptomoeda que será distribuída como recompensa para todos os inscritos;

World App, o aplicativo que permite fazer transações com a criptomoeda.

Esta reportagem está em atualização.
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