Segundo pessoas próximas, Samira Alves Lima estava em tratamento por conta de depressão. Ela deixa três filhos menores de idade. Samira Alves Lima foi morta a facadas, em Luziânia, Goiás
Reprodução/Redes Sociais
Samira Alves Lima foi encontrada morta, aos 36 anos, no apartamento em que morava em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. O suspeito de matá-la a facadas foi preso, mas a Polícia Civil ainda investiga a motivação do crime. A mulher era filha de um policial militar da reserva do Distrito Federal e, segundo pessoas próximas, estava em tratamento por conta de depressão. Saiba mais sobre ela abaixo.
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Um ex-namorado de Samira, que pediu para não ser identificado, contou que ela era uma pessoa querida por todos que a conheciam. Mãe de três filhos, de 12, 15 e 16 anos, ela atualmente morava sozinha, no Jardim Ingá, em Luziânia. Os filhos moravam com os avós paternos, mas mantinham contato próximo com ela.
"Todo mundo gostava dela aqui. Ela é uma pessoa boa e muito controlada", resume.
Samira morava em Cristalina, mas há alguns anos se mudou para Luziânia. Segundo o ex-namorado, ela estava desempregada e recebia dinheiro do pai, que é PM aposentado e mora atualmente no Piauí.
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O ex-namorado comenta que, nos últimos meses, notou pelas redes sociais que Samira emagreceu muito e se afastou da família. O g1 não conseguiu contato com familiares de Samira até a última atualização da reportagem.
Na internet, Samira fazia posts reflexivos e com os filhos. Em algumas publicações, ela caminhava pelas ruas enquanto falava aos seguidores para agradecer por cada dia. Pouco tempo antes de morrer, passou a postar sobre a necessidade de tomar cuidado com pessoas falsas.
Prisão do suspeito e investigação
Samira Alves Lima, de 36 anos, filha de um policial militar da reserva do Distrito Federal, foi encontrada morta em casa após dias desaparecida, em Luziânia, Goiás
Reprodução/Redes Sociais
Na quarta-feira (27), a Polícia Militar prendeu um jovem, de 22 anos, suspeito de matar Samira. Segundo a equipe, ele foi encontrado andando pela BR-020, em Formosa, após ter abandonado o veículo da vítima na região do DF.
O g1 não conseguiu contato com a defesa do jovem até a última atualização da reportagem.
O rapaz foi localizado pelos policiais dois dias depois do crime, após ser rastreado pela Agência de Inteligência da PM. Durante a abordagem, em um primeiro momento, ele mentiu o próprio nome, mas depois acabou admitindo a verdadeira identidade.
Os policiais militares dizem que, informalmente, durante a abordagem, o jovem confessou o crime contra Samira. Na versão do suspeito, ele e a mulher moravam juntos para atuarem no tráfico de drogas, e que Samira era ligada a uma facção criminosa.
O suspeito também disse que, no dia do crime, ele e Samira tiveram uma discussão acalorada, em que a vítima o ameaçou. Ele, então, partiu para cima dela e a matou com facadas.
O g1 entrou em contato com a Polícia Civil para saber se há algum indício de veracidade no relato dado pelo suspeito aos policiais militares, mas a instituição disse que não vai comentar o caso. Em nota, a polícia explicou somente que o jovem foi autuado por homicídio simples e que as investigações prosseguem para sua finalização.
O crime
Mulher é encontrada morta em Luziânia
O carro de Samira foi encontrado na manhã do último sábado (23), no DF. Os policiais encontraram o contato do ex-namorado da mulher, porque ela havia salvo ele como um contato de emergência. A partir disso, eles passaram a procurá-la, considerando que ela estava desaparecida.
"Os policiais não conseguiram falar com Samira. Eu também tentei ligar, mas ela não atendeu. A partir do aparecimento do carro, comecei a procurar quem pudesse ter notícias dela, mas nem a família nem a filha sabiam. Entrei em contato com o pai, que mora no Piauí, e ele me pediu para registrar um boletim de ocorrência na segunda-feira", disse.
Na segunda-feira (25), o corpo de Samira foi encontrado sem vida no apartamento em que ela morava, no Jardim Ingá, em Luziânia. O ex-namorado da mulher encontrou o corpo junto com a filha de Samira, de 15 anos.
A Polícia Militar atendeu à ocorrência e o local foi isolado pela Polícia Técnico-Científica para a realização da perícia.
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