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A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo abriu uma investigação para apurar uma suposta ameaça feita por um policial civil contra a jornalista Natuza Nery. O caso teria ocorrido após a profissional, conhecida por sua atuação em análises políticas, divulgar informações consideradas sensíveis em uma matéria recente.
Segundo fontes ligadas à apuração, a ameaça foi realizada por meio de redes sociais, em mensagens cujo conteúdo insinuava possíveis retaliações à jornalista. Natuza Nery, que é destaque no jornalismo político, relatou o episódio às autoridades competentes, enfatizando a importância de proteger a liberdade de imprensa e o direito de exercer sua profissão sem intimidações.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo afirmou que "não tolera condutas inadequadas de seus servidores" e que a Corregedoria irá conduzir a investigação com celeridade para esclarecer os fatos. A entidade também reforçou seu compromisso com a ética e a transparência.
Diversas entidades de defesa da liberdade de imprensa e dos direitos humanos manifestaram solidariedade à jornalista. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) destacou que ameaças contra profissionais de imprensa representam um atentado à democracia e devem ser repudiadas veementemente.
O policial investigado, cuja identidade não foi divulgada, será submetido a uma série de procedimentos internos, incluindo a coleta de depoimentos e a análise de registros eletrônicos. Caso sejam confirmadas as acusações, ele poderá responder tanto na esfera administrativa quanto na criminal.
O episódio reacendeu o debate sobre a segurança de jornalistas no Brasil, especialmente em um cenário de polarização política e ataques frequentes a profissionais da mídia. Organizações internacionais também expressaram preocupação com o caso, pedindo medidas rápidas e eficazes para garantir a proteção de Natuza Nery e de outros jornalistas.
Até o momento, Natuza Nery não se manifestou publicamente sobre o assunto além do comunicado feito às autoridades. A Corregedoria da Polícia Civil segue trabalhando para concluir a investigação o mais breve possível.