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Trump diz que herdou caos econômico da gestão Biden, e que restrições energéticas "destruíram a nação"

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Por Redação em 23/01/2025 às 14:02:51

Foto: G1 - Globo

Em discurso no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, o presidente prometeu também um corte severo de impostos para empresas que produzam nos Estados Unidos. Trump discursa no Fórum Econômico Mundial

Reprodução

O presidente Donald Trump discursou nesta quinta-feira (23) no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, em que criticou a condução econômica e listou medidas que tomou para reverter o que chamou de "caos econômico" herdado pela gestão do ex-presidente Joe Biden.

"Minha administração está agindo com uma velocidade sem precedentes para corrigir os desastres herdados de um grupo de pessoas totalmente ineptas e resolver todas as crises que nosso país enfrenta. Isso começa com o confronto com o caos econômico causado pelas políticas fracassadas da última administração", afirmou Trump.

Ele destacou que, nos últimos quatro anos, o governo americano acumulou US$ 8 trilhões em gastos deficitários, impôs restrições energéticas que "destruíram a nação" e regulamentações "paralisantes".

"O resultado é a pior crise de inflação da história moderna e taxas de juros altíssimas para nossos cidadãos e até mesmo em todo o mundo. Os preços dos alimentos e de quase tudo o mais dispararam", disse Trump.

Trump criticou o Biden por "perder o controle da inflação e da fronteira". Ele afirmou que o gasto total do governo este ano é US$ 1,5 trilhão maior do que o projetado quando deixou o cargo, e o custo do serviço da dívida é mais de 230% maior do que o projetado em 2020.

Trump ressaltou que assinou uma série de medidas para corte de gastos e desregulamentações, incluindo um congelamento federal de contratações, o encerramento do "New Deal verde" e o "mandato do veículo elétrico", um apelido que deu às políticas de descarbonização e eletrificação de veículos iniciadas pelo ex-presidente Joe Biden.

O termo "mandato do carro elétrico" surgiu da preferência do novo governo pelo petróleo e a aversão às políticas de sustentabilidade. No primeiro dia de governo, a Casa Branca divulgou uma nota com as prioridades do novo mandato, com uma seção é dedicada a "fazer a América acessível e dominante em energia novamente".

"Isso não apenas reduzirá o custo de praticamente todos os bens e serviços, mas também tornará os Estados Unidos uma superpotência manufatureira e a capital mundial da inteligência artificial e das criptomoedas", disse.

Corte de impostos

Trump reforçou seu discurso protecionista, que pretende favorecer a atividade doméstica e limitar a concorrência estrangeira.

Para isso, prometeu usar as maiorias conquistadas na Câmara e no Senado para aprovar "o maior corte de impostos da história americana", incluindo para trabalhadores, produtores e fabricantes domésticos.

Mas o presidente americano condicionou empresas a produzirem nos EUA, prometendo um dos menores impostos do mundo.

"Minha mensagem para todas as empresas do mundo é muito simples: venha fazer seu produto na América, e daremos a você entre os menores impostos de qualquer nação na terra", disse.

"Estamos reduzindo-os muito substancialmente, mesmo em relação aos cortes de impostos originais do primeiro mandato."

"Mas se você não fizer seu produto na América, o que é sua prerrogativa, então, muito simplesmente, você terá que pagar uma tarifa. Quantias diferentes, mas uma tarifa que direcionará centenas de bilhões de dólares, e até trilhões de dólares, para nosso tesouro para fortalecer nossa economia e pagar dívida", afirmou.

* Essa reportagem está em atualização.

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Jim WATSON / POOL / AFP

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