Haddad minimiza alta da Selic e diz que já estava prevista desde o fim do ano passado
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou a nova alta da taxa Selic para 14,25% ao ano, afirmando que a decisão do Banco Central já era esperada desde o fim do ano passado.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou a nova alta da taxa Selic para 14,25% ao ano, afirmando que a decisão do Banco Central já era esperada desde o fim do ano passado. Segundo ele, o cenário inflacionário já indicava a necessidade desse ajuste, e o governo vem acompanhando a situação de perto.
"Já estava precificado pelo mercado", disse Haddad, reforçando que o governo trabalha para manter a estabilidade econômica.
A Selic foi elevada devido à inflação pressionada, que registrou 1,31% em fevereiro, a maior para o mês desde o início do governo Lula. Alimentos e energia foram os principais vilões da alta de preços.
Apesar da justificativa do ministro, a decisão do BC coloca um desafio para o governo: juros altos travam o crescimento e aumentam o custo da dívida pública, enquanto a política econômica do Planalto busca estimular a economia.
A próxima reunião do Copom, em maio, deve trazer mais um aumento da Selic, mas de menor intensidade. A expectativa do mercado agora é entender até que ponto governo e BC vão conseguir alinhar política fiscal e monetária sem gerar um impacto ainda maior na economia.