Em um dos episódios, suspeito obrigou ex-companheira a beber óleo corporal e ameaçou queimá-la com um ferro de passar. Ele tem histórico de violência doméstica contra outras três mulheres. Suspeito deve passar por audiência de custódia nesta terça-feira (15)
PCRR/Divulgação
Um gerente de empresa, de 36 anos, foi preso nesta segunda-feira (14) por suspeita de torturar, ameaçar e agredir duas ex-companheiras, de 24 e 25. A prisão preventiva e o mandado de busca e apreensão foram cumpridos por determinação do Juizado de Violência Doméstica da Comarca de Boa Vista.
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???? Além dos dois casos recentes, ele tem histórico de violência doméstica contra outras três mulheres. Em 2020, 2022 e 2023, o homem foi denunciado por agressões e ameaças contra ex-namoradas, totalizando cinco mulheres vítimas de violência. Em uma das ocorrências, chegou a ser preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.
O crime mais recente foi denunciado no dia 30 de março no Plantão Central Especializado (PCE), posteriormente, o caso foi encaminhado à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM). Uma das vítimas, de 24 anos, que manteve relacionamento com o investigado por um ano e três meses, contou ter sido brutalmente agredida e ameaçada por ele.
A jovem foi agredida com socos e chutes. Ele também ameaçou queimá-la com um ferro de passar e a obrigou a beber óleo corporal, além de fazer ameaças de morte contra ela, segundo as investigações.
Após os episódios de violência, a vítima procurou apoio da mãe do filho do investigado, outra ex-companheira, de 25 anos, com quem ele teve um relacionamento anterior, e a orientou a tomar cuidado com a criança devido ao comportamento do gerente de empresas com relação ao filho.
Ela também procurou a delegacia e registrou boletim de ocorrência relatando que ele, a ameaçou de morte e que, sempre que ficava com o filho do casal, o homem se embriagava e não cuidava da criança. Ela também disse que era a ex-companheira mais recente quem assumia os cuidados com o filho durante essas ocasiões.
"A mãe do filho [do homem], apresentou imagens preocupantes que mostram a criança com uma arma de fogo rente ao corpo, posicionada dentro da fralda, simulando o porte de uma arma", disse a delegada Kamilla Basto, da Deam, que encaminhou o caso à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) para ser investigado.
As vítimas solicitaram medidas protetivas de urgência, que foram deferidas pelo Poder Judiciário. Com base nos elementos reunidos durante a investigação, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva do suspeito e, também, por mandado de busca e apreensão, com o objetivo de localizar a arma.
Durante o interrogatório, ele negou todas as acusações. O gerente de empresa permanece à disposição da Justiça e passará por audiência de custódia nesta terça-feira (15).
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