Ministério Público abre investigação para apurar acidentes no Parque Acquaventura no Litoral Sul de Pernambuco

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Por Redação em 09/05/2025 às 02:22:28
Promotor de Justiça de Tamandaré solicitou vistorias do Corpo de Bombeiros e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE). Promotor de justiça solicitou vistorias do Corpo de Bombeiros e do Conselho Regional de Engenharia

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) abriu uma investigação para apurar as circunstâncias dos acidentes que aconteceram no parque Acquaventura Carneiros, em Tamandaré, no Litoral Sul do estado. Desde a sua abertura, em 25 de abril, ao menos sete pessoas se machucaram ao utilizarem atrações do espaço (veja vídeo acima).

Em entrevista à TV Globo, o promotor de justiça de Tamandaré, Júlio César Elihimas, explicou que solicitou vistorias do Corpo de Bombeiros e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE), com acompanhamento de equipes da prefeitura da cidade.

"Requisitamos a apresentação de laudos por parte do Corpo de Bombeiros, do Crea-PE e da própria prefeitura. Pedimos para que, no prazo de cinco dias, fosse feita uma fiscalização ampla em todo o parque para não só avaliar os locais onde houve acidentes, como também toda estrutura elétrica, hidráulica, de bombas, de piso e de segurança do parque Acquaventura", comentou o promotor.

Ainda de acordo com Júlio César Elihimas, após a fiscalização, os órgãos terão prazo de 30 dias para elaborar um laudo e entregar à Promotoria de Justiça de Tamandaré. O caso também é acompanhado pela Polícia Civil.

"Assim que o delegado de polícia concluir a investigação, nós vamos avaliar e verificar se o caso é de denúncia ou se é de oferecer um acordo de natureza criminal para os responsáveis do parque", disse o promotor.

Brinquedos interditados

Parque Acquaventura Carneiros, em Tamandaré, no Litoral Sul

TV Globo/Reprodução

Dois brinquedos do parque Acquaventura Carneiros foram interditados pelo Programa de Proteção e Defesa do Consumidor de Pernambuco (Procon): a montanha-russa aquática, onde uma professora foi arremessada contra a grade de proteção e feriu o rosto, e a canoa do muxima, na qual dois casais tiveram fraturas ósseas.

Os acidentes aconteceram em datas diferentes, mas foram registrados poucos dias após a inauguração do parque. O Procon foi acionado para uma vistoria no parque aquático que foi realizada na terça-feira (6), em parceria com o Crea-PE.

O Procon informou que solicitou ao Gramado Parks, empresa responsável pelo Acquaventura, documentos técnicos dos equipamentos e dos responsáveis, que foram entregues pela empresa ainda na terça-feira.

O que diz o Acquaventura

Por meio de notas, o Acquaventura disse que "todas as atrações do parque são submetidas a manutenção e inspeções regulares e operam em conformidade com as normas técnicas nacionais e internacionais". Em duas ocasiões, o parque aquático se posicionou sobre os acidentes registrados:

No domingo (4): o Acquaventura afirmou que "todas atrações do parque são devidamente certificadas e passaram por centenas de testes técnicos, inclusive pela própria equipe, obedecendo aos mais rígidos controles de qualidade internacionais";

Na terça-feira (6): o parque aquático divulgou um novo posicionamento informando que "as equipes de atendimento do parque prestaram os primeiros socorros no local" e "imediatamente após o ocorrido, o equipamento foi isolado".

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