MP denuncia 18 PMs à Justiça Militar no caso Gritzbach; trĂȘs são acusados de participar do assassinato do delator do PCC

.

Por Redação em 10/05/2025 às 19:43:48
Caso denúncia seja aceita, os policiais responderão por crimes previstos no Código Penal Militar. Os três apontados como executores já são réus por homicídio na Justiça Comum. Vinícius Gritzbach

Reprodução/TV Globo

O Ministério Público de São Paulo denunciou, nesta sexta-feira (9), 18 PMs envolvidos no caso do assassinato de Vinicius Gritzbach — 15 por atuarem na segurança privada do delator do PCC e três por envolvimento direto na execução dele.

Caso a denúncia seja aceita pela Justiça Militar, os policiais responderão pelos seguintes crimes previstos no Código Penal Militar:

Fernando Genauro da Silva (tenente) — organização para a prática de violência armada;

Denis Antônio Martins (cabo) — organização para a prática de violência armada;

Ruan Silva Rodrigues (soldado) — organização para a prática de violência armada;

Giovanni de Oliveira (tenente) — promover e integrar organização criminosa armada;

Thiago Maschion Angelim da Silva (tenente) — falsidade ideológica, prevaricação, promover e integrar organização criminosa armada;

Leandro Ortiz (cabo) — promover e integrar organização criminosa armada;

Wagner de Lima Compri Eicardi (cabo) — promover e integrar organização criminosa armada;

Romarks César Ferreira Lima (cabo) — promover e integrar organização criminosa armada;

Nathan Botelho Roberto (cabo) — promover e integrar organização criminosa armada;

Talles Rodrigues Ribeiro (soldado) — promover e integrar organização criminosa armada;

Leonardo Cherry de Souza (soldado) — promover e integrar organização criminosa armada;

Abraão Pereira Santana (soldado) — promover e integrar organização criminosa armada;

Jefferson Silva Marques de Souza (soldado) — promover e integrar organização criminosa armada;

Alef de Oliveira Moura (soldado) — promover e integrar organização criminosa armada;

Samuel Tillvitz da Luz (soldado) — promover e integrar organização criminosa armada;

Julio Cesar Scalett Barbini (soldado) — promover e integrar organização criminosa armada;

Adolfo Oliveira Chagas (soldado) — promover e integrar organização criminosa armada;

Erick Brian Galioni (soldado) — promover e integrar organização criminosa armada;

Além de terem sido denunciados na Justiça Militar, os PMs apontados como executores do crime já respondem na Justiça Comum pelo homicídio de Gritzbach e do motorista de aplicativo Celso Novais, em novembro de 2024. Denis Martins e Ruan Rodrigues teriam efetuado os disparos de fuzil, enquanto Fernando Genauro os teria levado de carro até o local do assassinato.

A procuradoria de Justiça Militar do MP também se manifestou contra a revogação da prisão preventiva dos soldados Adolfo Chagas, Alef Moura, Erick Galioni e Talles Ribeiro, o que foi pedido pela defesa deles.

Procurada, a defesa do Tenente Genauro e do Soldado Ruan disse que entende como ilegal a denúncia ofertada pelo MP e espera que essa não seja aceita. "A Justiça Militar é incompetente para julgar crimes dolosos contra a vida, sendo competência exclusiva do Tribunal do Júri", afirmou o escritório Ribas & Soares.

A TV Globo tenta contato com os representantes dos demais denunciados para que se manifestem sobre o assunto.

Vídeos mostram por diferentes ângulos execução de empresário no Aeroporto de Guarulhos
Comunicar erro