A informação foi confirmada ao g1 na tarde deste sábado (25) pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS-Minas). Varíola dos macacos; imagem de arquivo
SCIENCE PHOTO LIBRARY/BBC
Um caso suspeito da varíola dos macacos está em investigação em Pará de Minas, no Centro-Oeste de Minas. A informação foi confirmada ao g1 na tarde deste sábado (25) pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS-Minas).
Segundo a pasta, até o momento, os casos suspeitos não têm histórico de deslocamentos ou viagens para o exterior. Dentre os contatos próximos, ainda não há nenhum caso sintomático. A pessoa com suspeita da doença é moradora de Pará de Minas.
A reportagem procurou a Prefeitura de Pará de Minas para solicitar mais detalhes, mas não houve retorno até a última atualização da matéria.
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A SES-MG informou ainda que finaliza uma Nota Orientativa aos municípios sobre a identificação dos casos e coleta de amostras para análise pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). Todos os dados clínicos também estão em análise pela equipe técnica da SES-MG e do Ministério da Saúde para investigação e encerramento dos casos.
"Demais dados quanto aos casos não serão divulgados para preservar a privacidade e individualidade dos pacientes, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGDP)".
Primeiro caso suspeito em MG
O primeiro caso suspeito de varíola dos macacos em Minas Gerais foi investigado em Uberlândia, mas foi descartado.
Até o momento no estado, seis casos foram descartados laboratorialmente e três estão em investigação.
Orientação aos municípios
Para o diagnóstico laboratorial, a SES-MG orientou aos municípios a coleta de amostras para análise pela Fundação Ezequiel Dias (Funed).
Todos os dados clínicos também estão em análise pela equipe técnica da SES-MG e do Ministério da Saúde para investigação e encerramento dos casos.
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Até o momento, o Brasil registra 14 casos confirmados para monkeypox, sendo dez em São Paulo, dois no Rio Grande do Sul e dois no Rio de Janeiro. Onze são importados, com histórico de viagem para Europa, e três são autóctones.
O Ministério da Saúde confirmou na última quinta-feira (23) três casos autóctones (de transmissão local) de varíola dos macacos (monkeypox) no estado de São Paulo.
Mundo
A OMS disse que a varíola dos macacos traz um "risco moderado" para a saúde pública mundial depois que casos foram relatados em países onde a doença não é endêmica.
“O risco para a saúde pública pode se tornar alto se esse vírus se estabelecer como um patógeno humano e se espalhar para grupos mais propensos a risco de doenças graves, como crianças pequenas e pessoas imunossuprimidas”, afirmou a OMS.
Sintomas e transmissão
Os sintomas iniciais da varíola dos macacos costumam ser febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão.
"Depois do período de incubação [tempo entre a infecção e o início dos sintomas], o indivíduo começa com uma manifestação inespecífica, com sintomas que observamos em outras viroses: febre, mal-estar, cansaço, perda de apetite, prostração", explicou Giliane Trindade, virologista e pesquisadora do Departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.
"O que é um diferencial indicativo: o desenvolvimento de lesões – lesões na cavidade oral e na pele. Elas começam a se manifestar primeiro na face e vão se disseminando pro tronco, tórax, palma da mão, sola dos pés", completou Trindade, que é consultora do grupo criado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações para acompanhar os casos de varíola dos macacos.
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