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Refugiados do Afeganistão falam de desafio para reconstruir suas vidas no Brasil ao Profissão Repórter; assista à Ă­ntegra

Por São Paulo Jornal em 09/11/2022 às 01:06:58
Ex-ministro dos Transportes está entre os mais de 2 mil afegãos que chegaram ao Brasil desde o início de 2022 para fugir do regime Talibã. Ele saiu de seu país com a esposa e os cinco filhos após ser ameaçado de morte. Edição de 08/11/2022 - Refugiados no Brasil

Desde o início do ano, mais de 2 mil refugiados do Afeganistão desembarcaram no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, fugindo do regime radical do Talibã e, nesta terça-feira (8), no último programa da temporada de 2022, o Profissão Repórter mostrou como está sendo a vida deles por aqui e os desafios enfrentados por eles para reconstruírem sua vida.

Um dos refugiados que conversou com a nossa equipe é Jarullah Mansoori, ex-ministro dos Transportes do último governo afegão. Ele contou que após o grupo extremista retomar o poder, foi ameaçado de morte, assim como todos os membros do antigo governo, e precisou sair do país com a esposa e cinco filhos.

Ex-ministro dos Transportes do Afeganistão está refugiado no Brasil

Profissão Repórter

Outro dos refugiados que falou sobre o que passou foi um soldado das Forças Especiais afegãs, que viu três amigos serem mortos pelo Talibã e teve que fugir às pressas. Apesar das dificuldades encontradas na chegada ao Brasil, ele se sente aliviado por ter a oportunidade de recomeçar uma nova vida longe de ameaças de morte.

“Mesmo com o obstáculo do novo idioma e da cultura diferente, acredito que posso escrever um novo capítulo da minha vida aqui no Brasil”, comemora ele.

Ao longo da reportagem, muitas pessoas não quiseram se identificar, justificando que o regime do Talibã tem assistido a matérias veiculadas na mídia internacional para identificar familiares das pessoas que deixaram o país.

Durante uma semana, os repórteres André Neves Sampaio e Nathalia Tavolieri acompanharam um grupo de 100 refugiados que está vivendo em um acampamento improvisado dentro do aeroporto de Guarulhos, onde aguarda por um abrigo para recomeçar a vida. Apenas com o visto humanitário, mas sem nenhum tipo de assistência, eles dependem do trabalho de voluntários e de doações da sociedade civil para sobreviver.

Refugiados estão em acampamento improvisado no aeroporto internacional de São Paulo

Profissão Repórter

Já as repórteres Julia Sena e Danielle Zampollo e o repórter cinematográfico Leandro Matozo foram até uma unidade do Centro de Acolhida Especial (CAE), na Penha, Zona Leste da capital paulista. O grande número de afegãos recém-chegados ao Brasil que estavam vivendo no aeroporto internacional fez com que a Prefeitura de São Paulo disponibilizasse seis casas de acolhimento para recebê-los e essa é onde está a maior parte do grupo.

Assista ao programa completo acima.

Refugiado faz oração

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Doações recolhidas por voluntários garantem a sobrevivência do grupo de refugiados, que não conta com a ajuda do governo

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