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Segurança admite agressão a músico, mas nega racismo: "Já conhecia e teve uma desavença no bar"

Por Redação em 29/11/2022 às 12:27:12

Acompanhado da advogada, ele conversou com a reportagem da Banda B, na manhã desta terça-feira (28). Para o início da tarde, está programado o depoimento ao delegado do 1º Distrito Policial, no Centro da capital.

O segurança afirmou que conhece o músico há três meses e que teriam se desentendido dentro de um bar e teria se aproximado para tirar satisfação. A versão é diferente do que foi relatado por Neno ao portal no último fim de semana.

“A gente tocou umas músicas lá. A gente já se conhecia há uns três meses. E nisso aí teve uma desavença no bar. Outros caras se envolveram na briga. Aí eu fui embora, eles não quiseram mais eu no bar, e encontrei ele na rua depois e fui tirar satisfação com ele. Nisso, que fui tirar satisfação com ele, eu tinha tomado uns goles, e a situação saiu fora de controle”,

afirmou o segurança.

O homem confirmou que o músico não reagiu e que bateu na vítima com um cassetete, mas não assumiu que tenha dados ordens para que o cachorro atacasse Neno. “O cachorro não ataca, mas, se eu for pra cima de alguém, e meu erro foi não ter … o cachorro tem que estar preso em mim, ando com ele preso no cinturão, e aí o cachorro tava solto, na hora soltei a corrente. Isso aí foi erro meu também. Mas não tem nada a ver com racismo, como estão falando da minha pessoa”, defendeu-se.

Ele foi intimado no domingo, dia seguinte à veiculação das imagens das câmeras de segurança pelo Portal da Banda B, e decidiu se apresentar com a intenção de pagar pelo crime. “Estrapolei, cometi um erro grave e vou ter que pagar por esse erro. Estou disposto a colaborar com as investigações que a polícia vai fazer na região […] Não sou racista. Tenho amigos meus que são policiais pretos. Isso aí é uma grande mentira. Foi por causa da briga do bar.”

Defesa do agressor

De acordo com a advogada Danielly Mulinari, que faz a defesa do segurança, a briga no bar teria ocorrido uma semana antes das agressões e que não teria relação com a atividade que ele pratica na região central.

“A gente precisa demonstrar que a informação de que se trata de uma pessoa contratada por logistas, para colocar moradores de rua para fora de lojas não procede. Não tem nada relacionado ao trabalho ou qualquer função que ele exercia. E, sim, uma briga pessoal que se prolongou por uma semana. Vamos esclarecer alguns pontos que até agora não foram pra mídia e tentar resolver da melhor maneira. O que ele fez, realmente, ele vai assumir”,

disse a advogada.

Outra agressão flagrada em vídeo

O homem de 36 anos, pai de uma menina de 7 anos e um menino de 9, teve um segundo vídeo de agressão a uma outra pessoa, também denunciado, como no caso do músico, pela deputada federal Carol Dartora (PT). Ele relatou à Banda B que teria reagido a uma tentativa de agressão com faca.

“O cara tentou me agredir por trás. Ele tava com uma faca. A faca caiu e eu corri atrás dele e ele veio com uma faca querendo me agredir por trás e consegui pegar ele. Bati nele com a tonfa [bastão usado na prática de artes marciais. Foi no mesmo dia também. E aí o cachorro atacou ele. A faca caiu, a faca tá com a Polícia Militar.”

De acordo com o próprio segurança, a audiência de julgamento está marcada para o dia 20 de março de 2023.

Tentativa de homicídio em Santa Felicidade

O segurança tem ainda um terceiro caso, este de tentativa de homicídio no bairro Santa Felicidade, em Curitiba. Segundo ele, um homem em uma lanchonete de um amigo teria incomodado este amigo, o que teria motivado o desentendimento. Ele assume que espancou a vítima com uma barra de ferro.

“Não sei se é ex-policial, parece. E, ele era grandão, tava com outro cara. Eu acabei espancando ele com uma barra de fero de 1,10 metros mais ou menos. Bati bastante nele, mas porque ele veio pra cima de mim. Se não tivesse vindo, nada daquilo teria acontecido”, conta.

O acusado disse que já respondeu pelo crime e foi absolvido. “Já foi dado baixa. Não devo nada.”

Tags:   Policiais
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