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De transplante de coração a conquista da casa própria: moradores falam sobre bons momentos de 2022 no Dia da Lembrança

Por São Paulo Jornal em 26/12/2022 às 13:56:52
Dia da Lembrança é celebrado nesta segunda-feira (26). Moradores das regiões de Sorocaba e Jundiaí (SP) relembram as conquistas e bons momentos que guardaram na memória em 2022. Moradores relembram bons momentos de 2022

Arquivo pessoal

A cada ano que passa, desafios e mudanças tornam-se lembranças. Para moradores das regiões de Sorocaba e Jundiaí (SP), 2022 proporcionou conquistas que antes eram inimagináveis e momentos que ficaram marcados para a vida toda.

O Dia da Lembrança é celebrado nesta segunda-feira (26). Em entrevista ao g1, cinco pessoas compartilharam histórias que foram vivenciadas neste ano, seja um transplante de coração, a cura de um câncer ou até ganhar um sorteio que possibilitou a compra da casa própria.

Para a adolescente Ana Clara Campos Molinar, de 13 anos, o momento mais marcante do ano foi quando ela tocou o sino da cura, no Hospital Gpaci de Sorocaba (SP). Aos seis anos, ela havia sido diagnosticada com um tumor no nervo ótico e chegou a perder a visão do olho esquerdo.

"Quando eu estava fazendo a quimioterapia, foi um período muito difícil para mim, foi doloroso. Agora que eu toquei o sino, eu falei: "eu consegui e fui uma grande guerreira"", lembra.

Momento em que Ana Clara tocou o sino em 16 de novembro deste ano

Arquivo pessoal

Ana Clara tocou o sino no dia 16 de novembro deste ano, um dia depois de completar 13 anos. A mãe da adolescente, Márcia Luiza da Luz Campos, de 43 anos, conta que a notícia foi o melhor presente que a família poderia ter recebido.

"Só quem passa por isso sabe o quanto esse momento significa. Quando a gente fala em quimioterapia, não é só sobre cair os cabelos, é sobre toda uma dor que a quimioterapia traz. Tocar o sino é um significado muito bom. Só temos a agradecer a Deus e à equipe do hospital."

A psicóloga do Hospital Gpaci de Sorocaba, Evelin Melissa de Araújo, relatou que a gratidão das famílias e pacientes é algo que ela sempre vai lembrar. "Essa é uma comemoração do sino que a gente faz e que eu me emociono por ver a batalha que eles [pacientes] têm. Eles são muito fortes."

Márcia com a filha Ana Clara

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Coração compatível

A moradora de Jundiaí (SP) Emanuelly Vitória Silva Faria, de oito anos, foi diagnosticada com miocardite viral em 2021, um vírus que ataca o coração.

Na UTI, a menina teve que ser sedada para receber um cateter no pescoço, mas seu coração parou de bater. Quando foi reanimada, o coração dela estava com o funcionamento em 18%.

Emanuelly Vitória com os pais, Franciele e Matheus Henrique, antes do transplante

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Mais tarde, Emanuelly foi encaminhada ao Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, conforme conta a mãe dela, Franciele da Silva, de 29 anos.

"Tentaram todos os medicamentos possíveis, mas o coração dela não estava reagindo. Estava piorando. Antes era um lado e, naquele momento, estava atingindo o outro. Não ia ter jeito, ela precisava de um transplante urgente."

Por estar na UTI, a menina ficou na fila de prioridade em 21 de janeiro de 2022. Nas duas primeiras tentativas de passar por um transplante, ela chegou a ter Covid-19 e contraiu uma bactéria.

Emanuelly Vitória com a família, em Jundiaí

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Em 30 de março, a família recebeu a notícia de que havia um coração compatível com ela. A partir disso, teve início toda a operação para que ela recebesse o órgão.

"Quando um pedaço de nós passa por uma situação em que a solução não cabe nas nossas mãos, há muitas misturas de sentimentos. O maior deles é o medo. A esperança é agarrada a um fio, o coração bate descompassado. Nossa gratidão primeiramente é para Deus, porque, no fim do túnel, houve esperança", lembra Franciele.

Com nove meses de transplante, Emanuelly continua fazendo tratamento a cada 15 dias em São Paulo. A previsão é de que ela possa voltar para a escola em 2023.

Reencontro de Emanuelly com a irmã mais nova após três meses distantes

Arquivo pessoal

Sonho realizado

Viviane Correa, de 37 anos, trabalhava como faxineira e pagava aluguel em Salto de Pirapora (SP). Neste ano, ela conseguiu ganhar um carro por meio de um sorteio de título de capitalização e, com o valor recebido, conquistou a casa própria.

"Com o dinheiro do carro, eu comprei uma casa e reformei ela. Agora não pago mais aluguel e estou no meu próprio imóvel. Se eu trabalhasse por muitos e muitos anos, eu não conseguiria juntar esse dinheiro para comprar."

Viviane e o marido realizaram o sonho de comprar a casa própria em Salto de Pirapora

Arquivo pessoal

Com dois filhos, Viviane contou que o ano de 2022 ficou marcado pela conquista do objetivo que, para ela, parecia impossível.

"É uma coisa incrível. Só de saber que não tenho mais que me preocupar no final do mês com aquele dinheiro que todo mês tinha que ter de qualquer jeito... Foi um sonho realizado."

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