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Prefeito que exigiu trabalho 'voluntĂĄrio' para estudantes usarem ônibus sugere terceiro turno para quem concilia trabalho e faculdade

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Por Redação em 04/09/2023 às 17:49:00
Conforme o prefeito, a medida tem como objetivo "regularizar o transporte universitário" para não haver "prejuízo para o município". Universitários rebatem. Universitários são barrados em ônibus de Pacajus depois da exigência de trabalho voluntário

O prefeito de Pacajus, Bruno Figueiredo (PDT), que exigiu trabalho 'voluntário' para estudantes usarem ônibus da prefeitura, também sugeriu terceiro turno como solução para quem concilia trabalho e faculdade e não teria tempo de prestar o serviço.

Em entrevista à TV Verdes Mares, o gestor disse que a medida já havia sido criada, mas não estava sendo cumprida. Segundo o prefeito, o aluno que estiver com o dia preenchido, pode estagiar à noite, no sábado ou domingo:

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"São só quatro horas semanais. Não é obrigatório completamente. Vou dar prioridade para quem faz o trabalho voluntário", disse.

Ainda conforme a gestão, a medida começa a valer a partir do dia 11 de setembro.

Universitários barrados

Universitários são barrados em ônibus gratuito após problema em leitura de QR Code da prefeitura de Pacajus.

Reprodução

Nesta segunda-feira (4), pelo menos 17 estudantes não conseguiram embarcar. A turma utiliza o transporte universitário de Pacajus até Fortaleza para estudar.

Em entrevista, o universitário Stênio Lima afirmou que chegou a perder uma prova por causa da medida.

"Passei a noite estudando. Quando estava me deslocando até o ponto do ônibus, na hora que viro a esquina, tem duas viaturas da guarda Municipal, funcionários do prefeito, colocando dificuldade para que alunos pegassem o transporte universitário", explicou o estudante.

Conforme Klayver Soares, um dos representantes dos alunos, no momento do embarque o QR Code gerado pela prefeitura para fazer o controle dos estudantes apresentou problemas, não leu o cadastro de parte dos alunos, que foram impedidos de entrar no ônibus.

"Para a gente poder utilizar esse transporte garantido por lei, a gente faz um cadastro por meio do site da prefeitura. [...] A fiscal da prefeitura não conseguiu ler o QR Code e mesmo a gente explicando que era aluno, ela falou para o motorista: 'fecha a porta e vai embora'", falou Klayver Soares.

Segundo o universitário, por conta do problema no aplicativo de controle, vários alunos não conseguiram outro transporte a tempo e perderam as aulas.

A Prefeitura de Pacajus informou que está realizando um controle melhor nas rotas dos universitários, com objetivo de impedir pessoas que não são da universidade.

"Portanto, não houve nenhuma mudança, mas uma adequação melhor na gestão para efetivar realmente o acesso do transporte para os estudantes cadastrados de forma regular no sistema", disse a prefeitura.

Sobre o caso dos estudantes impedidos de embarcar por problemas na leitura do QR Code, o órgão disse que esses alunos estão sendo orientados a procurar a coordenação de transporte na sede da prefeitura.

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O prefeito de Pacajus, Bruno Figueiredo (PDT), anunciou no domingo (3) que estudantes universitários que usam o transporte gratuito da prefeitura para ir às aulas em Fortaleza serão obrigados a realizar um trabalho voluntário obrigatório para continuar utilizando o serviço. (Veja vídeo acima)

Conforme o prefeito, a medida tem objetivo de "regularizar o transporte universitário" para não haver "prejuízo para o município", a 50 quilômetros de Fortaleza. Segundo Figueiredo, os estudantes que utilizam o serviço serão avisados da mudança a partir da segunda-feira (4).

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