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Congresso lembra que alertou Lula sobre escolhas na Abin; STJ reage: surreal, chocante

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Por Redação em 20/10/2023 às 11:42:31
Alas do MDB já questionam permanência de Corrêa à frente do órgão. Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência, em entrevista concedida ao Estúdio i

Reprodução

A operação da Polícia Federal que apura um verdadeiro esquema de arapongagem ilegal contra jornalistas, políticos, advogados, servidores públicos e até ministros do Supremo Tribunal Federal provocou reações contundentes do Judiciário e da política.

Integrantes do Senado lembram que o presidente da Comissão de Relações Exteriores, Renan Calheiros (MDB-AL), questionou publicamente os diretores escolhidos pelo atual presidente da Abin, Luiz Fernando Corrêa, e chegou a travar a sabatina do indicado de Lula pedindo mudanças na equipe que ele havia nomeado.

Um dos diretores indicados por Corrêa e publicamente criticado por Renan foi alvo hoje da PF. Este personagem, Paulo Maurício Fortunato Pinto, já havia sido acusado em 2008 de envolvimento em espionagem ilegal, inclusive de ministros do Supremo, como Gilmar Mendes.

A avaliação do Congresso é a de que a operação da PF hoje explicita o erro de Corrêa, que pediu ao presidente Lula que confiasse em seus escolhidos, o que levou o Planalto a falar com Renan e interceder pela realização da sabatina.

Alas do MDB já dizem abertamente que não há certeza de que Corrêa tem condições de permanecer no cargo.

No Judiciário, as reações são de profundo desconforto e indignação.

Um ministro do Superior Tribunal de Justiça trata as revelações da Polícia Federal como "inacreditáveis". Já um integrante do Tribunal de Contas da União tratou o episódio como chocante.
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