Zema já estava em Brasília quando anunciou que não participaria mais do evento 'Democracia Inabalada', no Congresso Nacional. Governador Romeu Zema em Brasília nesta quarta-feira (22)
TV Globo/ Reprodução
Após confirmar presença no ato em defesa da democracia, no Congresso Nacional, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), desistiu de ir ao evento, que marca um ano dos atos golpistas de 8 de janeiro.
Nas redes sociais, Zema disse que a solenidade "se transformou em um evento político".
"Estava prevista a minha ida a um evento institucional no Congresso, mas infelizmente recebi informações de que ele se transformou em um evento político e não irei mais. Sou totalmente favorável à democracia. Aqueles que praticaram vandalismo precisam ser punidos", afirmou.
Na manhã desta segunda-feira (8), o ato em defesa da democracia estava na agenda do governador (veja na imagem mais abaixo). Ele chegou a viajar para Brasília.
No entanto, ao confirmar presença no evento, Zema foi criticado por apoiadores e pressionado por integrantes do Partido Novo a não comparecer.
Agenda de Zema confirmava participação em ato em defesa da democracia
Agência Minas/ Reprodução
No início da tarde, o deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS) publicou nas redes sociais que o governador não iria "à festa da Ditadura Indisfarçável de Lula e Moraes".
Em Brasília, Zema – que apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2018 e 2022 – se reuniu com o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron de Oliveira, para discutir a dívida de Minas Gerais com a União.
O evento
Segundo a organização do ato, chamado de "Democracia Inabalada", cerca de 500 pessoas participaram do evento, incluindo o presidente Lula (PT), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ministros do governo, magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF), governadores e parlamentares.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), era aguardado, mas não compareceu devido a um problema de saúde na família.
8 de janeiro: Lula diz que 'não há perdão para quem atenta contra a democracia'
Durante a solenidade, Lula afirmou que "não há perdão para quem atenta contra a democracia".
"Todos aqueles que financiaram, planejaram e executaram a tentativa de golpe devem ser exemplarmente punidos. Não há perdão para quem atenta contra a democracia, contra seu país e contra o seu próprio povo. O perdão soaria como impunidade. E a impunidade, como salvo conduto para novos atos terroristas", declarou.
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