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United encontra parafusos soltos em portas de Boeing 737 Max 9 durante inspeção obrigatória

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Por Redação em 08/01/2024 às 18:37:33
Inspeção obrigatória foi determinada pela agência de aviação dos EUA (FAA) após uma das portas de um Boeing 737 Max 9 ter se soltado em pleno ar, na sexta, em um voo da Alaska Airlines. Incidente do voo da Alaska Airlines, que deixou um buraco no avião "do tamanho de uma geladeira"

REUTERS via BBC

A United Airlines disse nesta segunda-feira (8) ter encontrado parafusos soltos durante inspeção obrigatória em portas de aeronaves Boeing 737 Max 9. A inspeção foi determinada pela agência de aviação civil dos Estados Unidos com alguns modelos dessa aeronave, após uma porta ser ejetada em voo da Alaska Airlines, na sexta-feira (5).

A companhia aérea se manifestou após o site especializado Air Current ter relatado que a United encontrou parafusos soltos em pelo menos cinco aviões inspecionados após o incidente com o Boeing 737 Max 9 da Alaska.

"Desde que iniciamos inspeções preliminares no sábado, encontramos casos que parecem estar relacionados a problemas na instalação do plugue da porta, como parafusos que precisavam de aperto adicional. Essas descobertas serão corrigidas pela nossa equipe de operações técnicas para devolver a aeronave ao serviço com segurança", disse a United em um comunicado, segundo a agência Reuters.

A agência de aviação civil dos Estados Unidos (FAA) informou nesta segunda-feira (8) que os aviões Boeing 737 Max 9 vão seguir proibidos de voar voem até que as companhias aéreas concluam as inspeções nas portas de emergência, como a ejetada durante um voo com uma aeronave do mesmo modelo.

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O uso dos aviões já estava suspenso desde sábado, um dia depois que uma porta de emergência de um voo da Alaska Airlines foi ejetada quando a aeronave estava no ar. Ninguém ficou ferido, mas o piloto teve de fazer um pouso de emergência, e todos os voos com Boeings 737 Max 9 foram cancelados na sequência.

Em comunicado nesta segunda, no entanto, a FAA disse que decidiu manter a suspensão por tempo indeterminado.

"As aeronaves Boeing 737-9 permanecerão em solo até que operadores completem as inspeções, que incluem as portas de emergência tanto da cabine esquerda quanto da direita", disse a agência.

A porta que se desprendeu era uma saída de emergência extra que não era utilizada pela aeronave - uma espécie de tampão foi colocada no lugar dela. Os investigadores ainda não conseguiram determinar se essa substituição foi a casa do incidente.

Nesta segunda-feira, a porta foi encontrada no quintal da casa de um professor na cidade de Portland, em Oregon, de onde o avião havia decolado. Isso deve acelerar as investigações, segundo a presidente da Junta Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos (NTSB, na sigla em inglês), Jennifer Homendy.

As investigações oficiais sobre o caso ficarão a cargo da NTSB.

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O incidente

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O avião, um Boeing 737 Max 9, havia acabado de decolar do aeroporto de Portland na noite de sexta-feira (5) e ainda estava subindo, a 4.975 metros, quando a porta desativada foi ejetada na parte do meio, por razões ainda não esclarecidas.

Com um buraco na fuselagem, a aeronave se despressurizou subitamente, o que fez cair as máscaras de emergência e obrigou a tripulação a descer imediatamente até uma altitude em que seja possível respirar sem auxílio, abaixo de 3 mil metros.

A porta, originalmente uma saída de emergência, estava desativada —significa que, para os passageiros, ela se assemelha a uma janela. O contorno da saída de emergência só é possível de ser vista do lado externo. Dentro da cabine dos passageiros, estava camuflada com um tampão e uma janela. O nome da peça ejetada é "door plug", ou "tampão de porta".

Não houve feridos. Não havia ninguém no assento ao lado da porta ejetada; se houvesse, o passageiro poderia ser sugado para fora do avião, devido à pressão atmosférica externa a quase 5 mil metros de altura.

A porta com tampão, uma espécie de porta "falsa", fica na parte do meio do Boeing 737 Max 9.
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