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Dona de loja de artigos religiosos de matriz africana denuncia intolerância religiosa no MA

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Por Redação em 09/04/2024 às 17:22:54
A lojista Valdelina da Costa relata que o caso é recorrente e que há meses vem sendo vítima de perseguição religiosa por um pastor em Santa Inês, cidade a 251 km de São Luís. Valdelina da Costa afirma que o caso é recorrente e que há meses vem sendo vítima de perseguição religiosa por um pastor da cidade de Santa Inês.

Reprodução/TV Mirante

Valdelina da Costa, dona da loja de artigos religiosos de matriz africana "Mamãe Oxum", denuncia que tem sido alvo de intolerância religiosa cometida por um suposto pastor na cidade de Santa Inês, a 251 km de São Luís. Ela relata que já fez várias denúncias mas, até o momento, nada foi feito.

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Segundo Valdelina, o caso é recorrente e há meses vem sendo vítima de perseguição religiosa. No início do ano, ela gravou um vídeo onde o homem aparece na porta de sua loja falando em voz alta palavras ofensivas, como "quando você se dobra perto de uma imagem, você está adorando o próprio satanás".

A lojista tinha dito que, na época, aquela não era a primeira vez que o homem fazia aquilo e que o caso "foi fora do limite". Ela conta que já fez várias denúncias na Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) e no Ministério Público do MA (MP-MA), porém não teve um retorno das autoridades.

"Eu vejo que esse caso aqui em Santa Inês não vai pra frente porque eles cruzaram os braços para esse caso. A lei existe, mas eu vejo que não vai ser cumprida a lei aqui em Santa Inês. Então eu vou procurar o estado pra ver se consigo resolver essa situação", afirmou Valdelina.

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Em busca de solução, a vítima diz que vai procurar uma resolução do caso fora da cidade, em órgãos estaduais, já que não se sentiu satisfeita com a solução apresentada pelas autoridades municipais.

"O promotor deu o caso como arquivado, porque ele diz que não é caso de intolerância religiosa criminal, ou seja, ele diz que no vídeo não diz o meu nome, mas o homem está na frente da minha loja, apontando para mim. Ali é caso de intolerância e para muitos é assim, mas o promotor achou que não é caso de intolerância", disse Valdelina.

O homem que aparece no vídeo já foi identificado pelo Conselho de Pastores de Santa Inês. Segundo levantamento da entidade, o homem frequenta uma igreja evangélica da cidade que não faz parte do Conselho.

Em nota, a PC-MA disse que o Termo de Circunstanciado de Ocorrência, que apura o caso, está em fase final e será encaminhado ao Poder Judiciário, após a conclusão.

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No Maranhão, além desse, há mais oito casos de intolerância religiosa em investigação. A presidente da Comissão de Liberdade Religiosa da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Maranhão (OAB-MA), Alda Fernanda Baima, reforça que a "intolerância religiosa é crime, inclusive com alteração através da Lei 14.532/2023, que houve um aumento da pena 2 a 5 anos de prisão".
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