Ações da Tesla sobem 13% nesta segunda-feira, com derrubada de obstáculos regulatórios na China. Jeff Bezos e Elon Musk
Reuters
O fundador da Tesla, Elon Musk, voltou ao segundo lugar da lista de bilionários da revista Forbes. Ele ultrapassa o fundador da Amazon, Jeff Bezos.
As ações da Tesla subiam quase 13% nesta segunda-feira (29), depois que a fabricante de veículos elétricos superou alguns obstáculos regulatórios importantes que há muito tempo impediam a implantação de seu software de direção autônoma na China, seu segundo maior mercado. (saiba mais abaixo)
Com o resultado, Musk acumula ganhos de US$ 12,7 bilhões em apenas um dia, e volta ao patamar dos US$ 203 bilhões em patrimônio. Bezos tem US$ 197,6 bilhões.
O líder do ranking continua a ser o francês Bernard Arnault, dono da rede de luxo LVMH, com patrimônio de US$ 209,7 bilhões.
A liderança de Arnault já foi mais folgada. Na lista anual de bilionários, com corte em março deste ano, o francês dispunha de US$ 233 bilhões em patrimônio, enquanto o mesmo Musk tinha US$ 195 bilhões.
Tesla em alta
O ganho da Tesla nesta segunda tem a ver com as reuniões que Elon Musk fez recentemente para pressionar pela aprovação na China para que a Tesla possa disponibilizar sistemas avançados de assistência ao motorista. Trata-se de um passo que pode aumentar as receitas da montadora em um momento em que a empresa está sob pressão de rivais chineses.
Musk chegou à capital chinesa no domingo. Suas reuniões incluíram um encontro com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, que elogiou o desenvolvimento da Tesla na China como um exemplo bem-sucedido de cooperação econômica e comercial entre os Estados Unidos e a China.
Ainda assim, a montadora norte-americana ganhou um importante endosso que coincidiu com sua viagem: uma importante associação automobilística chinesa disse que os carros Model 3 e Y da Tesla estão entre os modelos considerados compatíveis com os requisitos de segurança de dados da China.
Segundo a agência Reuters, a Tesla encaminha um acordo com a Baidu para usar a licença de mapeamento da gigante chinesa da tecnologia para a coleta de dados nas vias públicas da China, o que eles descreveram como um passo fundamental para a introdução dos sistemas FSD (Full Self-Driving) no país.
A segurança e a conformidade dos dados estão entre as razões pelas quais a fabricante de veículos elétricos, que lançou a versão mais autônoma de seu software Autopilot há quatro anos, ainda não disponibilizou os sistemas FSD totalmente na China, seu segundo maior mercado global, apesar da demanda dos clientes.
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