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Polícia Civil apreende 42 veículos em lojas durante operação contra venda de loteamentos clandestinos em Campinas

Investigação, comandada pela DIG de Campinas, apura o crime de lavagem de dinheiro a partir da venda ilegal dos terrenos em área de proteção ambiental da metrópole.

Por Redação em 09/05/2024 às 12:02:59
Foto: G1 - Globo

Foto: G1 - Globo

Investigação, comandada pela DIG de Campinas, apura o crime de lavagem de dinheiro a partir da venda ilegal dos terrenos em área de proteção ambiental da metrópole. 35 motos e sete carros foram apreendidos em Hortolândia. A Polícia Civil apreendeu, na manhã desta quinta-feira (9), 42 veículos, sendo 35 motos e sete carros, em uma operação contra lavagem de dinheiro a partir da venda ilegal de loteamentos clandestinos em uma área de proteção ambiental no distrito de Campo Grande, em Campinas (SP).

A apuração, comandada pela Delegacia de Investigações Gerais de Campinas (SP), estuda o envolvimento de lojas automotivas de Hortolândia (SP) no crime. A operação, que recebeu o nome de "Terra Nostra", é o desdobramento de uma investigação revelada em agosto do ano passado, quando nove pessoas foram identificadas no esquema.

Os carros e motos apreendidos foram encontrados em Hortolândia durante o cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão, todos na cidade. As lojas ficam nos bairros Parque São Miguel, Vila Real e Jardim Sumarezinho.

Os mandados foram cumpridos em quatro endereços: três lojas e um imóvel, que, segundo a polícia, era o local onde os negócios eram administrados. A investigação apontou que as lojas usavam o dinheiro obtido na venda dos terrenos irregulares em loteamentos clandestinos. A polícia afirmou que os estabelecimentos foram abertos em nomes de "laranjas".

Documentos, celulares e máquinas de cartões também foram apreendidos. A Polícia Civil vai, agora, tentar identificar a relação dos bens apreendidos com a venda dos terrenos na área de proteção ambiental. Os veículos foram apreendidos também para ressarcir o poder público, considerando que a Prefeitura de Campinas foi lesada financeiramente.

No ano passado, a administração municipal informou que 18% da região tinha sido devastada e R$ 23 milhões em multas foram aplicados, sendo que nada foi pago pelos responsáveis.

Investigações

A Prefeitura afirma que recebeu uma denúncia em 2021. No ano seguinte, a administração municipal fez uma operação conjunta na área, com apoio da polícia e da Guarda Municipal, que resultou na condução de um corretor de plantão à delegacia. Um boletim de ocorrência foi registrado e deu início a uma investigação.

Entre os suspeitos de envolvimento no crime estão antigos proprietários das áreas – que, embora sejam de proteção ambiental, são particulares, mas não podem ser loteadas, vendidas ou receber construções –, associações e corretores de imóveis.

Danos ao meio ambiente

A administração municipal aplicou os R$ 23 milhões em multas a 11 empreendimentos identificados no local. Também foi feito o embargo preventivo das áreas, como forma de impedir as construções, mas a medida foi desrespeitada.

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