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Ministro de apoio ao RS diz que governo estuda pagar famílias para abrigar vítimas das chuvas

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Por Redação em 19/05/2024 às 18:01:43
Paulo Pimenta estimou que repasse pode ser de R$ 400 por pessoa abrigada; medida deverá ser discutida junto ao Ministério do Desenvolvimento Social nos próximos dias. RS tem mais de 75 mil pessoas em abrigos e mais de 540 mil desalojadas. Ministro Paulo Pimenta no Rio Grande do Sul.

Marcelo Oliveira/Estadão Conteúdo

O ministro extraordinário para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, afirmou neste domingo (19) que o governo federal estuda pagar famílias para abrigar vítimas das enchentes no estado.

Pimenta sinalizou que a ideia em estudo prevê um repasse às famílias de R$ 400 por pessoa abrigada. Segundo o boletim mais recente da Defesa Civil gaúcha, o estado tem atualmente mais de 75 mil pessoas em abrigos e mais de 540 mil desalojadas.

Em entrevista a um canal de vídeos na internet, o ministro disse que deve discutir, ao longo dos próximos dias, uma forma de implementar a medida junto ao governo federal.

O Rio Grande do Sul tem enfrentado os desdobramentos de uma catástrofe climática, provocada por fortes chuvas em todo o estado. A Defesa Civil já confirmou a morte de 155 pessoas e ainda contabiliza 89 desaparecidos. Ao todo, mais de 2,3 milhões de pessoas afetadas pelas chuvas.

"Hoje, o Ministério do Desenvolvimento Social paga nos abrigos R$ 20 mil para cada 50 pessoas para a prefeitura. Fora a questão da alimentação, da cesta básica e tudo mais. Isso dá R$ 400 por pessoa, em abrigos públicos. Eu estou discutindo uma mudança dessa portaria para poder, por exemplo, alguém receber uma família ou uma associação comunitária de quatro famílias ou dez famílias [receberam], e esses R$ 400 que hoje é pago para a prefeitura pode ser pago para quem abrigar a pessoa", afirmou Paulo Pimenta.

Segundo Pimenta, a medida tem sido estudada como forma de contornar a superlotação de abrigos no estado. Também tem o objetivo de desocupar espaços destinados à educação, a fim de permitir a retomada gradual das aulas.

"Com isso, a gente tenta trabalhar na perspectiva de descentralizar esses grandes abrigos e fugir dessa loja natais das cidades temporárias", explicou.
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